Resenha: O beijo da morte (sob a luz das galáxias #1) - Judie Castilho

O beijo da morte

Autor(a): Judie Castilho
Editora: Chiado
Páginas: 473
Resenha por: Viviane

Nota: 5/5
*Livro cedido pela autora para resenha




Sinopse: Haysla e sua amiga, Violyt, estão iniciando uma nova fase em suas vidas.

Depois de passarem muitos anos na Terra, enfim chegou o dia pelo qual elas tanto esperaram! Elas estão completando 17 anos e ingressando na Academia Frantila, a escola mais disputada do universo.

Mas as coisas não serão fáceis para elas...

A União Universal e seus 16 planetas aliados acreditam estar cada vez mais unidos e poderosos. Porém, uma grande conspiração intergaláctica está se formando. Seus planetas inimigos não querem mais viver à margem do universo. Eles estão em busca de poder e de um elixir que lhes garanta uma longa vida.

E para complicar ainda mais as coisas, Haysla está vivendo um peculiar triângulo amoroso.

De um lado, um amor leve, divertido, tranquilo... Possível.

De outro lado, um amor ardente, avassalador, compulsivo... Mas impossível. E para viver este amor, Haysla não temerá consequências, e pode colocar todo o universo sérios apuros.

Resenha: "Genial" é a palavra que define este livro. Judie conseguiu criar um universo com personagens de diferentes "raças", cada uma com seus poderes e características individuais, além de cenários paradisíacos, tudo escrito de uma forma clara e coerente, capaz de teletransportar o leitor para dentro de sua estória. Então não tenho como definir este livro com qualquer palavra abaixo de GENIAL.

As jovens Haysla Rhieavatre e Violyt Fhanthisk estão começando uma nova fase de suas vidas, a nova escola. Amigas desde sempre, foram criadas como irmãs, filhas de mães terráqueas com pais ordeanos. Viveram até os nove anos em seu planeta natal, mas depois da morte do pai de Violyt e a separação dos pais de Haysla, foram morar com suas mães na Terra. Porém aos dezessete anos é hora de voltar e estudar na Academia Frantila. As garotas vão morar com Vryan Rhieavatre, pai de Haysla e presidente do universo, dono do mundo, enfim... o chefão do pedaço.

Haysla é o tipo de garota popular, desinibida e um pouco mimada. Já Violyt faz o tipo mais quieta, um pouco insegura até. Já na chegada em Frantila, as garotas dão de cara com o homem mais lindo que Haysla já viu em sua vida, Benjamin Thriskow. Mas este primeiro encontro é meio conturbado, inclui uma queda na escada e Haysla morrendo de vergonha de seu vexame em frente ao seu, talvez, futuro paquera. Logo que as garotas chegam, precisam fazer uma entrevista e exames.

Neste planeta, os habitantes são identificadas por suas raças, como os Vanikstun, os Vanikstáneos, os Ordeanos ou os Klysos, entre outros, cada um com suas próprias características físicas e dons que dominam, como ler mentes, levitar, dominar os elementos, criar escudos invisíveis, força e velocidades incomuns, mas a única raça que interessou a Haysla foi os Klysos, ou seja, a de Benjamin. Seu povo secreta um tipo de veneno, que para alguns não faz mal, mas para outros pode ser fatal. Os exames que Haysla fez revelaram que o grau com que o veneno de Benjamin poderia afeta-la era moderado. Eles poderiam se tocar, mas jamais se beijar ou trocar qualquer fluido do corpo. O que será um grande problema, já que ambos apaixonaram-se à primeira vista.

Já no primeiro dia de aula, Haysla descobre que Benjamin é seu professor e um membro importante do governo, além de amigo do seu pai. Para tentar dissipar os sentimentos que estão nascendo em relação a Ben, Haysla começa a namorar seu colega Keynel, mas o tempo vai lhe mostrando que de nada adiantará.

"O melhor presente que poderia receber, na verdade, nunca receberá."

Frantila é a união de dezesseis planetas, mas ainda restaram seis que não quiseram fazer parte desta união. Destes, quatro até tem um acordo de paz com Vryan, mas dois são completamente rebeldes (eram chamados de gafanhotos) e um perigo para todos, por isso, o espaço ao redor dos planetas unidos é bem intenso, mas uma invasão estava sendo planejada, sem que ninguém desconfiasse.

Durante o ano letivo, Haysla e Benjamin ficaram muito próximos, muito mesmo. A garota precisava de aulas extras com o professor e um dia na semana, os dois iam para uma ilha bem sossegada para melhor concentração nas aulas particulares. Além do veneno, que Benjamin não controlava, seu organismo também secretava a klyefina, que podia ser usado como remédio que curava até o câncer (mas só para quem era tolerante ao veneno) e também era um tipo de alucinógeno, que dava muito prazer a quem era tocado com esta substancia. Como o casal não podia se beijar, Benjamin dava beijos nas mãos e pescoço de Haysla secretando esta substancia, e isto rendeu cenas muito quentes e extremamente sexys à estória sem em nenhum momento ser vulgar.

Mas o amor e a obsessão de Haysla por Benjamin era tanta, que a moça se deixou cair em uma armadilha, pondo todo o universo em perigo. Agora, para salvar sua amada, Benjamin talvez precise contar ao pai dela o porque de ela ter se deixado convencer pelos invasores.

O livro tem quase 500 páginas, confesso que achei que seria uma leitura massante, mas que bom que eu estava muito enganada. Li tudo em cinco dias, isso porque trabalho o dia todo, senão acho que leria em dois dias, de tão boa e envolvente que é a escrita da Judie. É uma leitura leve, jovem, rica em detalhes e eu adorei, porque nunca li nada com extraterrestres e passei a vê-los com outros olhos agora. Até me identifiquei com as características de algumas raça, haha. A leitura foi fácil, difícil foi resenhar resumidamente.

"Os loucos dos terráqueos acham que seu planeta é o único do universo com vida inteligente."