Resenha: Perdoar e se perdoar - Conceição Friol

Perdoar e se perdoar

Autor(a): Conceição Friol
Editora: IDE
Páginas: 318
Resenha por: Viviane
Nota: 4/5
*Livro cedido pela editora para resenha




Sinopse: A família do casal Joaquim e Cecília tinha tudo para ser perfeita, porém faltava, entre os filhos, a fraternidade e a compreensão, principais elos responsáveis pela paz.

Cecília lutou até o limite para não enxergar o que estava sob seus olhos, todavia, tal omissão defensiva não foi suficiente para que não assistisse sua família ruir, e ainda teve que se deparar com a inevitável questão: Onde foi que eu errei?

Afinal, por que filhos criados pelos mesmos pais, no mesmo ambiente, com os mesmos cuidados e atenção, muitas vezes são tão diferentes?

Enfim, um romance esclarecedor e comovente, demonstrando que os laços de sangue não estabelecem necessariamente os laços entre os Espíritos e que a consequência da dor em nossas vidas, embora sempre rejeitada e temida, pode ser o princípio da união.

Resenha: Esse livro leva-nos a uma profunda reflexão sobre o que o ser humano é capaz por inveja e ciúmes.

Dalton é um jovem de vinte e cinco anos que, por opção, abandonou os estudos para ser o braço direito do pai na empresa da família. Seu pai, Joaquim, é casado com Cecília e, além de Dalton, eles têm a filha do meio, Laura, e o caçula, Adalberto. Ambos levam uma vida de mordomias, apenas estudam: Laura faz direito e Adalberto, por insistência do pai, faz administração. Porém os jovens andam exageradamente enciumados do carinho e atenção que Dalton, o irmão mais velho, recebe do pai, e estão sempre criando pequenas picuinhas, mas nada é suficiente para abalar a reputação do moço. Então, como o pai acha que os dois estão com tempo demais sobrando, põe os dois para trabalhar na firma, daí desperta a ira dos dois e eles começam a planejar a pior das maldades com Dalton.

"Mas não sabe que toda maldade que praticamos contra o nosso semelhante tem o devido retorno, muitas vezes de forma bem dolorida, e que teremos de prestar contas de todos os nossos atos ao Contrário."

Devido ao horário do trabalho, Laura e Adalberto precisam passar suas aulas para o período da noite. Já nos primeiros dias, Laura faz amizade com Antonio Carlos, um homem mais velho, casado e pai de dois filhos, mas perfeito para seus planos.

Rapidamente a moça trata de seduzi-lo e pede ajuda para abrir uma conta em um paraíso fiscal em nome de seu irmão Dalton. A intenção da moça é desviar dinheiro da firma e acusar o irmão. Já nessa mesma época, Adalberto começa a beber e se envolver com drogas.

A própria Laura pede uma auditoria fiscal na empresa, alegando que quer aprender mais sobre o assunto, e rapidamente descobre-se o rombo e começam as investigações para saber quem é o ladrão. Quando Dalton é acusado, o que mais lhe dói é o pai achar que pode ser verdade, então ele sai de casa até provar sua inocência. Não demora a descobrirem que quem abriu a conta foi Antonio Carlos e ele, sem pestanejar, entrega Laura, já que há um tempo atrás ela destruiu seu casamento. A notícia do complô é demais para o coração do pai, e este vem a óbito, deixando Laura com mais raiva ainda de Dalton. Nessa época Adalberto já está entregue às drogas e Laura não tem nem em quem se apoiar.

Laura é julgada e condenada, mas castigo maior está sendo sua consciência pesada. Ela tem certeza de que matou o pai de desgosto. Sua mãe também sofre muito, principalmente com os vícios de Adalberto. Dalton está sendo o esteio da família. Mas como não seria justo os dois fazerem tudo o que fizeram e ficar por isso mesmo, os irmãos vivem o maior de seus pesadelos, vão ao fundo do poço, e só o arrependimento pode salvá-los.

"Deus não dá fardos além daquilo que podemos carregar."

Esta história foi de um aprendizado imenso... Só não dei nota cinco porque tinha muita coisa para se resolver e foi tudo definido nas últimas quatro páginas, então eu fiquei com um gostinho de quero mais.