Editora: Autografia
Páginas: 126
Resenha por: Viviane
Avaliação: 5/5
Compre: Editora / Livraria Cultura
*Livro cedido pela editora para resenha
Sinopse: Sara. Nome de mulher forte, alguém um dia lhe dissera. A pequena era órfã de pai, que morrera quando ela tinha apenas dois anos, deixando-a a mercê de sua cruel genitora e seus sete irmãos. Maria, sua mãe, não a aceitava por ter nascido mulher e a negava como filha. Seus quatro irmãos e suas três irmãs, influenciados pelo sentimento de ódio da mãe, menosprezam Sara. A menina cresceu em um lar sem carinho, amor ou proteção. Sofreu todo o tipo de agressão: física, emocional, psicológica e moral. Foi vítima de pedofilia por pessoas da própria família. Ao chegar à adolescência, a mãe tentou matá-la. Com tantas desventuras familiares, chegou ao fundo do poço da depressão. Teve transtorno de automutilação. Tentou se suicidar por várias vezes. Será que Sara vai conseguir ver a luz do paraíso, na escuridão do inferno em que vive?
Resenha: Sabem aqueles contos de fadas, da bruxa ou da madrasta má, que humilha e maltrata a mocinha de todas as formas inimagináveis? Agora piorem um pouquinho a situação e troquem a bruxa ou a madrasta pela própria mãe da garota. Difícil imaginar, não é? Eu mesma não poderia imaginar que houvesse tanta maldade e tanta perversidade vindas de uma mãe.
Sara foi a sexta filha de uma prole de sete irmãos. Sua mãe, Maria, já tinha quatro filhos do primeiro casamento quando se casou com Pedro, depois tiveram mais três. A sexta foi Sara, e o caçula um menino com síndrome de Down. Sara perdeu o pai aos três anos, e desde então sua vida transformou-se em um inferno. E o diabo? A própria mãe dela. É inexplicável o ódio que Maria sempre sentiu de Sara, pois tratava bem todos os outros filhos.
Desde muito pequeninha, Sara foi obrigada a fazer todos os serviços da casa. Quando as irmãs mais velhas casaram-se e saíram de casa, foi que Sara teve direito a uma cama, mas precisava ir à casa das irmãs fazer os serviços de doméstica e nem almoço recebia; era colocada para fora da casa enquanto a família comia. Quando chegava em sua própria casa, só havia a louça suja para lavar e nenhuma comida. O mais chocante é que a mãe era religiosa - não foi dita a religião, mas mencionou as saias e o cabelo comprido, cabelo este que na adolescência Sara foi obrigada a cortar curtinho porque um namorado que Maria arrumou elogiou o cabelo bonito que a menina tinha.
Ainda criança Sara foi molestada sexualmente por um de seus irmãos e não tinha nem o direito de queixar-se com a mãe, pois esta era a primeira a denegrir sua imagem, chamando-a dos nomes mais pejorativos possíveis.
Sara cresceu e quando estava no ensino médio arrumou um emprego em um escritório e passou a estudar à noite. Maria surtou, não admitia que a filha tivesse um bom emprego e ainda continuasse estudando; fazia de tudo para atrapalhar os estudos de Sara e ainda ficava com todo o mísero salário que a garota ganhava. Nessa época, a mãe tentou matá-la estrangulá-la, por pouco um dos irmãos a salvou.
Depois de adulta Sara arrumou um bom emprego e até um namorado, o que só fez aumentar a raiva que Maria tinha pela filha; tentou de todas as formas acabar com o namoro, difamando e denegrindo a imagem da moça, mas o namorado era um rapaz bom e percebeu a tristeza no fundo dos olhos de Sara.
Foi a leitura mais difícil que já realizei. Não dá para acreditar que uma mãe trate assim uma filha; Sara era sua escrava, Maria não perdia uma oportunidade de menosprezar, espezinhar e humilhar a garota, nunca aceitou ver a filha bem ou feliz, mas mesmo com todo esse sofrimento e uma profunda depressão, Sara mantinha-se alegre e carismática com colegas e amigos, qualquer um que a visse fora de casa não imaginaria as atrocidades que a mãe cometia com ela.
O livro não teve um final conclusivo, não sei se a "Cinderela" teve o seu "felizes para sempre", mas sei que eu queria muito abraçar a personagem e dar à ela um pouco de amor, aquele amor que sua própria mãe não foi capaz de dar. E, embora não tenha tido um final conclusivo, teve um final muito chocante.
Compre: Editora / Livraria Cultura
*Livro cedido pela editora para resenha
Sinopse: Sara. Nome de mulher forte, alguém um dia lhe dissera. A pequena era órfã de pai, que morrera quando ela tinha apenas dois anos, deixando-a a mercê de sua cruel genitora e seus sete irmãos. Maria, sua mãe, não a aceitava por ter nascido mulher e a negava como filha. Seus quatro irmãos e suas três irmãs, influenciados pelo sentimento de ódio da mãe, menosprezam Sara. A menina cresceu em um lar sem carinho, amor ou proteção. Sofreu todo o tipo de agressão: física, emocional, psicológica e moral. Foi vítima de pedofilia por pessoas da própria família. Ao chegar à adolescência, a mãe tentou matá-la. Com tantas desventuras familiares, chegou ao fundo do poço da depressão. Teve transtorno de automutilação. Tentou se suicidar por várias vezes. Será que Sara vai conseguir ver a luz do paraíso, na escuridão do inferno em que vive?
Resenha: Sabem aqueles contos de fadas, da bruxa ou da madrasta má, que humilha e maltrata a mocinha de todas as formas inimagináveis? Agora piorem um pouquinho a situação e troquem a bruxa ou a madrasta pela própria mãe da garota. Difícil imaginar, não é? Eu mesma não poderia imaginar que houvesse tanta maldade e tanta perversidade vindas de uma mãe.
Sara foi a sexta filha de uma prole de sete irmãos. Sua mãe, Maria, já tinha quatro filhos do primeiro casamento quando se casou com Pedro, depois tiveram mais três. A sexta foi Sara, e o caçula um menino com síndrome de Down. Sara perdeu o pai aos três anos, e desde então sua vida transformou-se em um inferno. E o diabo? A própria mãe dela. É inexplicável o ódio que Maria sempre sentiu de Sara, pois tratava bem todos os outros filhos.
Desde muito pequeninha, Sara foi obrigada a fazer todos os serviços da casa. Quando as irmãs mais velhas casaram-se e saíram de casa, foi que Sara teve direito a uma cama, mas precisava ir à casa das irmãs fazer os serviços de doméstica e nem almoço recebia; era colocada para fora da casa enquanto a família comia. Quando chegava em sua própria casa, só havia a louça suja para lavar e nenhuma comida. O mais chocante é que a mãe era religiosa - não foi dita a religião, mas mencionou as saias e o cabelo comprido, cabelo este que na adolescência Sara foi obrigada a cortar curtinho porque um namorado que Maria arrumou elogiou o cabelo bonito que a menina tinha.
Ainda criança Sara foi molestada sexualmente por um de seus irmãos e não tinha nem o direito de queixar-se com a mãe, pois esta era a primeira a denegrir sua imagem, chamando-a dos nomes mais pejorativos possíveis.
Sara cresceu e quando estava no ensino médio arrumou um emprego em um escritório e passou a estudar à noite. Maria surtou, não admitia que a filha tivesse um bom emprego e ainda continuasse estudando; fazia de tudo para atrapalhar os estudos de Sara e ainda ficava com todo o mísero salário que a garota ganhava. Nessa época, a mãe tentou matá-la estrangulá-la, por pouco um dos irmãos a salvou.
"Mais uma vez pensou em suicidar se, não havia mais sentido continuar vivendo, já que aquela pessoa que lhe deu a vida, a pessoa que tinha que ser a que mais lhe amava, era a pessoa que mais odiava. "
Depois de adulta Sara arrumou um bom emprego e até um namorado, o que só fez aumentar a raiva que Maria tinha pela filha; tentou de todas as formas acabar com o namoro, difamando e denegrindo a imagem da moça, mas o namorado era um rapaz bom e percebeu a tristeza no fundo dos olhos de Sara.
"A mulher era de tal perversidade que não media as palavras, ao falar com a filha. Em tudo que se referia à menina era de uma maneira tão cruel, que o seu intuito era sempre feri-la a qualquer custo."
Foi a leitura mais difícil que já realizei. Não dá para acreditar que uma mãe trate assim uma filha; Sara era sua escrava, Maria não perdia uma oportunidade de menosprezar, espezinhar e humilhar a garota, nunca aceitou ver a filha bem ou feliz, mas mesmo com todo esse sofrimento e uma profunda depressão, Sara mantinha-se alegre e carismática com colegas e amigos, qualquer um que a visse fora de casa não imaginaria as atrocidades que a mãe cometia com ela.
O livro não teve um final conclusivo, não sei se a "Cinderela" teve o seu "felizes para sempre", mas sei que eu queria muito abraçar a personagem e dar à ela um pouco de amor, aquele amor que sua própria mãe não foi capaz de dar. E, embora não tenha tido um final conclusivo, teve um final muito chocante.
Oi..
ResponderExcluirEsse livro parece ser nem perturbador. Imagino que tenha sido uma leitura difícil, um tmepo atrás assisti o documentário The Keepers e já achei aquilo bem atormentado. Agora ler algo assim onde o estupro tá ali na nossa cara não é fácil
Olá...
ResponderExcluirAdorei sua resenha!
Pelo que você mostrou parece ser uma leitura bastante densa e pesada... Acho que não é a leitura que ando buscando no momento, então, prefiro passar a dica.
Bjo
Oi, ainda não conhecia esse livro e pelo seu post fiquei bem comovida com todas as dificuldades que a Sara enfrenta por causa da maldade da própria mãe, infelizmente existem sim mães que tratam mal os seus filhos.
ResponderExcluirOi!
ResponderExcluirEu não conhecia o livro, mas achei a capa muito bonita.
Você não comentou diretamente, mas lendo a sua resenha e pelo último parágrafo dela, tive a impressão de que é uma releitura de Cinderela e normalmente, não curto muito essas adaptações de contos de fadas. Portanto, passarei a dica dessa vez.
Bjss
http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2019/09/resenha-o-que-ha-de-estranho-em-mim.html
Olá, tudo bem? Não conhecia a obra mas achei bem interessante a trama, além dessa capa linda que tem ♥
ResponderExcluirJá vai pra minha listinha, um beijo.
Que enredo pesado! Achei a trama bem diferente, mas a primeira coisa que pensei é que é uma história bastante pesada.
ResponderExcluirAcho que a capa captura bastante do tom da narrativa e passa isso para o leitor. Realmente uma ótima dica para o mês de outubro
Olá! Este é um livro que no momento eu não tenho intenção de ler. O enredo é muito pesado e tem que ter muita coragem e estômago para essa leitura. Nunca tinha ouvido falar. Bjs
ResponderExcluir