20/12/2019

[Resenha] Proibido | Tabitha Suzuma

Proibido

Autor(a): Tabitha Suzuma
Editora: Valentina
Páginas: 304
Resenha por: Viviane
Avaliação: 5/5
Compre: Amazon / Submarino




Sinopse: Ela é doce, sensível e extremamente sofrida: tem dezesseis anos, mas a maturidade de uma mulher marcada pelas provações e privações da pobreza, o pulso forte e a têmpera de quem cria os irmãos menores como filhos há anos, e só uma pessoa conhece a mágoa e a abnegação que se escondem por trás de seus tristes olhos azuis.

Ele é brilhante, generoso e altamente responsável: tem dezessete anos, mas a fibra e o senso de dever de um pai de família, lutando contra tudo e contra todos para mantê-la unida, e só uma pessoa conhece a grandeza e a força de caráter que se escondem por trás daqueles intensos olhos verdes.

Eles são irmão e irmã.

Mas será que o mundo receberá de braços abertos aqueles que ousaram violar um de seus mais arraigados tabus? E você, receberia?

Resenha: Maya, 16 anos, e Lochan, 17 anos, são nossos protagonistas neste romance um tanto peculiar. Ambos são responsáveis pela criação e educação dos três irmãos menores - Kit, 13 anos; Tiffin, 7 anos (não tenho certeza da idade); e Willa, 5 anos -, porque a mãe deles, que foi abandonada pelo marido há alguns anos, está namorando o patrão e aos poucos foi mudando-se para a casa dele, até que um dia não voltou mais e chega a passar mais de semanas sem aparecer para ver como os cinco filhos estão, então toda a carga de cuidar de uma casa e, inclusive, estudar, recaiu sobre os ombros de Lochan e Maya.

A mãe tem ainda um sério problema com alcoolismo, então os irmãos mais velhos fazem o que podem pelas crianças para evitar que tudo isso chegue aos ouvidos do serviço social, pois há o risco de os menores serem levados para lares adotivos e todos os cinco ficarão separados.

"Willa e Tiffin estão bem. Eu estou bem! Kit é o típico adolescente complicado. Nós estamos todos juntos, todos esses anos desde que papai foi embora, desde que o problema de mamãe começou. Nós não fomos mandados para uma instituição, e isso totalmente graças a você."

Um dia em que Lochan e Kit brigam feio, pois o mais novo está no auge da pré adolescência, o mais velho fica muito triste, então para melhorar o astral de Lochan, Maya põe uma música e o convida para dançar; de repente a música agitada termina e começa um lenta, então os dois abraçam-se e sentem algo diferente ao tocarem na pele um no outro.

Inicialmente os irmãos não entendem o que está acontecendo e até passam a evitar-se, mas um dia, após Maya sair com um colega para jantar e demorar um pouco para voltar, Lochan faz acusações quando ela retorna e, após um breve briga, eles beijam-se apaixonadamente entre lágrimas, e é aí que começa a desenvolver-se todo o romance peculiar que citei acima. Ambos sabem que é errado e têm conhecimento das consequências, mas decidem dar vazão aos sentimentos, sempre pensando em primeiro lugar nos pequenos.

"Juntos choramos e confortamos um ao outro. Juntos vimos um ao outro nos momentos mais vulneráveis. Carregamos um fardo inexplicável aos olhos do mundo. Demos força um ao outro - como amigos, como parceiros. Sempre nos amamos, e agora queremos poder nos amar fisicamente também."

Eu sabia exatamente do que se tratava o livro quando iniciei a leitura, sabia que ele divide opiniões - ou tu ama, ou odeia, nunca vi meio termo. Os irmãos tinham uma carga muito grande sobre seus ombros, foram obrigados a exercer o papel de pai e mãe das crianças, eu senti pena deles, por diversas vezes durante a leitura peguei-me torcendo por eles, mas aí eu lembrava que eram irmãos e que não teria como dar certo. Eles tentaram de todas as formas não levar adiante a paixão que sentiam; Lochan tinha sérios problemas de relacionamento na escola, não falava com ninguém e quando era solicitado a falar tinha crises de pânico, então ele, literalmente, só tinha Maya. Ela era mais sociável, até tentou relacionar-se com um colega da escola, mas no final das contas, eles só tinham um ao outro para apoiar-se.

"Só com Maya posso realmente ser eu mesmo. Nós carregamos esse fardo juntos e ela está sempre do meu lado, sempre ao meu lado. Não quero precisar dela, depender dela, mas preciso e dependo, não resta a menor dúvida."

O final, além de ser surpreendente, pois eu realmente não esperava, foi muito triste. Então se me perguntarem se eu gostei... Não sei, também fiquei dividida entre amar ou odiar esta leitura, esta estória, mas não me arrependo de ter lido, então acho que eu gostei, porém não me conformo com o final. O que mais me deixou triste com a leitura foi ver uma mãe abandonar os cinco filhos por causa de um homem, isso eu não aceito, entendo da importância desse fato para o desenrolar da estória, mas não me conformo.

Quem quiser arriscar-se nessa leitura, encontrará muito amor, drama, sofrimento e superação, então, se estiver a fim, se jogue!

7 comentários:

  1. Olá gente!

    Eu tenho este livro aqui em casa e já está na meta de leitura de 2020. Li várias resenha com opiniões divididas e como você vou embarcar nessa história sabendo o que esperar deste livro. Mas preciso dessa experiência. Parabéns pela resenha. Gostei bastante dela.

    Bjos

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  2. Olá, tudo bem?

    Não conhecia o livro e a autora, o bom da editora Valetina é que tem muitos romances e sempre novidades. É a primeira resneha que leio de "Proibido" e me parece ser uma leitura que envolve e conquista os leitores.
    Abraço!

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  3. Faz anos que leio resenhas desse livro, e te confesso que não sei o que pensar sobre essa história. Na verdade eu não tenho vontade de ler. Ela é polêmica. Eu só li história assim, entre irmãos, em fantasias medievais e em outros mundos.

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  4. Olá!

    Mas gente! Eu já passei pela capa desse livro tantas vezes e nunca parei pra poder ver do que se tratava. Confesso que estou dividida já com a sua resenha, fico imaginando realizando a leitura mesmo. Não sei se leria, mas fiquei realmente curiosa.

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  5. Pra mim esse é um livro sobre o pior que o ser humano tem, sobre o nosso poder de destruir os outros quando nos convém e da mesma maneira ignorar pessoas pelo mesmo motivo. E realmente é uma história pesada.

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  6. Eu li esse livro faz u tempinho, é um bom juvenil, até dei para meus alunos, traz bons temas para debate. De forma geral, eu gostei, mas como disse, é bem para o público juvenil ou para o adulto que se sente confortável com livro juvenil.

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  7. Eu li ano passado, Vivi, e foi uma das melhores leituras que já fiz, porém, não leria novamente. É um livro com uma carga dramática extremamente pesada e ele passa mensagens muito fortes. Assim como você, nunca vi alguém ficar no meio termo, ou ama ou odeia. Embora eu tenha gostado muito do livro, alguns pontos me incomodaram e a negligência da mãe foi um deles, infelizmente acontece isso na vida real.

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