[Resenha] O ceifador (scythe #1) | Neal Shusterman

O ceifador

Autor(a): Neal Shusterman
Editora: Seguinte
Páginas: 448
Resenha por: Viviane

Avaliação: 5/5
Compre: Americanas




Sinopse: Primeiro mandamento: matarás.

A humanidade venceu todas as barreiras: fome, doenças, guerras, miséria... Até mesmo a morte. Agora os ceifadores são os únicos que podem pôr fim a uma vida, impedindo que o crescimento populacional vá além do limite e a Terra deixe de comportar a população por toda a eternidade.

Citra e Rowan são adolescentes escolhidos como aprendizes de ceifador - papel que nenhum dos dois quer desempenhar. Para receberem o anel e o manto da Ceifa, os adolescentes precisam dominar a arte da coleta, ou seja, precisam aprender a matar. Porém, se falharem em sua missão - ou se a cumplicidade no treinamento se tornar algo mais - podem colocar a própria vida em risco.

Resenha: Imaginem um futuro onde ninguém mais morre de doenças ou de morte natural, a fome e a diferença social não existem mais, não há mais governos nem hierarquias. Imaginou? Mas teria um problema: as pessoas continuariam se relacionando, se reproduzindo e, como ninguém mais morre, haveria uma superlotação e, consequentemente, falta de alimentos e recursos naturais. Então, para suprir esse pequeno contratempo, é criada uma organização que tem por objetivo coletar (matar) pessoas que, de alguma forma, estão em excesso na atual situação. Assim é a estória do livro "O ceifador".

O livro se passa em algum lugar bem no futuro. As pessoas não morrem mais, pelo menos não naturalmente, e aquelas que morrem por acidente são levadas para um centro de revivificação e deixadas novinhas em poucos dias; e como as pessoas envelhecem com o passar dos anos, elas vão a um lugar que retira os anos excedentes e as deixa com a aparência de qualquer idade, desde que seja acima dos vinte anos. Nesse mundo novo as pessoas tem "nanitos" no sangue, que são micro partículas capazes de minimizar a dor e acelerar a cura de ferimentos.

Tudo parece tão perfeito, não é? Mas aí aparecem os ceifadores, que fazem parte de uma organização chamada Ceifa. Ninguém pode matar um ceifador, nem mesmo um outro ceifador, apenas eles mesmos podem se coletar, e como é preciso estar renovando a elegia de ceifadores, eles recrutam aprendizes, os treinam por um ano e, após passarem por uma prova, tornam-se ou não ceifadores.

"Três vezes por ano, os ceifadores se reúnem numa grande assembleia chamada conclave. Conversamos sobre os problemas da coleta e discutimos a necessidade de mais ceifadores em nossa região."

Faraday, um ceifador dos mais antigos, recruta dois jovens para serem treinados por ele, Citra e Rowan. Tudo ia muito bem, até que um ceifador do mau vê que os aprendizes estão muito próximos e se ajudando e sugere em uma reunião de ceifadores que o aprendiz vencedor deve coletar o perdedor, então o desespero instala-se na vida dos jovens, mas como ainda falta bastante tempo eles decidem que até lá vão pensar em algo, porém eles não faziam ideia das reviravoltas que suas vidas iam tomar.

"Os dois se importavam demais um com o outro. Esse era o problema. Citra nunca estaria disposta a aceitar o anel de ceifador enquanto os sentimentos dela por ele estivessem no caminho."

Misteriosamente o ceifador Faraday coleta-se e, como regra, seus aprendizes ficariam livres e poderiam voltar para casa, mas um ceifador muito do mau, Goddard, pede para si a tutela dos aprendizes, porém uma ceifadora antiga, Curie, exige ficar com Citra, assim os aprendizes acabam sendo separados. Todavia, como existia a regra de que era para os jovens ficarem livres após a morte de seu tutor e do nada aparecem outros ceifadores querendo eles, fica uma dúvida na cabeça de Citra: talvez Faraday não tenha se suicidado, então a garota começa investigar secretamente, mas vai acabar se metendo em muita confusão.

Outro órgão criado neste novo mundo é a "Nimbo-Cúmulo", uma espécie de inteligência artificial que vê tudo, sabe de tudo, mas que não pode se meter nos assuntos da Ceifa. O que parecia ser um sistema perfeito mostra-se corrupto e cheio de furos para que o sistema seja burlado.

Tem também um anel que os ceifadores usam; quem eles permitem que beije o anel fica imune por um ano.

Os ceifadores são tipo celebridades nesse novo mundo, tem até álbum de figurinhas que as crianças colecionam. Seria o mundo perfeito se não houvessem aqueles ceifadores que estavam matando por prazer e já não mais por obrigação.

"Nunca perca sua humanidade", o ceifador Faraday dissera, "ou não passará de uma máquina de matar." Ele havia usado a palavra "matar" em vez de "coletar." 

O livro tem muitas reviravoltas, muita ação e momentos tensos. Os ceifadores mantêm diários e é através deles que vamos conhecendo como o mundo evoluiu a ponto de não existirem mais mortes nem doenças e como a Ceifa foi criada e quais seriam suas regras. Essa eletrizante estória continua em "A nuvem" e eu já estou louca para saber o desfecho.