08/04/2019

[Resenha] Eu não sei de onde eu vim | Guilherme Cardoso

Eu não sei de onde eu vim

Autor(a): Guilherme Cardoso
Editora: Autografia
Páginas: 134
Resenha por: Viviane
Avaliação: 4/5
Compre: Editora

*Livro cedido pela editora para resenha


Sinopse: Aline leva uma vida comum, em uma cidade comum. Ela poderia ser você, a cidade poderia ser a sua. Mas Aline não se sente feliz. Sua vida parece não fazer sentido após a perda da mãe: está em um emprego do qual não gosta, em uma faculdade que não sabe por que está fazendo, a relação com o pai se deteriorou e mantém contato apenas com uma amiga. No entanto, a vida de Aline é sacudida após um dia que parecia ser igual a qualquer outro. Permeado por traços da experiência do autor na música e no audiovisual, repleto de referências da cultura pop e de bom-humor mesmo nos momentos que poderiam ser os mais dramáticos.

Resenha: Que livro foi esse? Só consigo resumi-lo em duas palavras: muito louco!

Aline é uma garota que está saindo da adolescência, mas que ainda não é adulta, e tem muitos questionamentos, além de que sempre sentiu-se muito estranha; quando tinha seis anos ela empilhou cadeiras e jogou-se na tentativa de voar, lá pelos dez anos tentou desenvolver telecinese - capacidade de mover objetos com o poder da mente -, não conseguia fazer amizades e usava penteados e cortes de cabelo muito estranhos, aos dezoito anos seus pais separaram-se e logo em seguida sua mãe sofreu um acidente e faleceu, após o ocorrido Aline tentou suicídio jogando-se de seu apartamento no quarto andar e, por coincidência ou obra do destino, ela caiu em cima de um colchão que estava sendo carregado para fora do prédio. Desde então Aline tem vivido no automático, trabalha por obrigação em uma loja de fantasias, emprego que odeia, cursa faculdade à noite, mas nem gosta do curso, está simplesmente vendo a vida passar.

"Para que servia estar viva se tudo que ela fazia ultimamente era se lamentar de não fazer nada de interessante?"

Um dia Aline está sentada em um banco da praça pensando na vida e observa um trio fazendo uma filmagem, o ato chama sua atenção, ela está observando eles quando de repente passa um garoto correndo e rouba uma das lentes da câmera do rapaz que filmava. Aline fica curiosa com a filmagem e vai até eles conversar, mas como não está acostumada a interagir não descobre nem o nome deles.

Em outra ocasião Aline está com sua única amiga, Ana, em uma lancheria quando avista o mesmo trio filmando e novamente o garoto passa, agora de bicicleta, e leva outra lente do rapaz, mas dessa vez Aline vai atrás dele. O garoto entra em uma casa que parece abandonada e surpreende Aline, que o seguia. A partir daqui as coisas começam a ficar bem doidas, mas eu prefiro dizer interessantes.

"As coisas nunca saem como a gente planeja. Por que a gente insiste em planejar as coisas?"

O garoto ameaça Aline com uma arma e obriga ela a sentar em seu experimento para testar, que seria uma máquina do tempo, com a qual ele quer ir até seus pais que morreram há alguns anos, mas não é só isso; como a geringonça não funciona, o rapaz precisa roubar mais umas coisinhas e Aline é coagida a ajudá-lo, o que ela acaba aceitando, já que não está fazendo nada de interessante mesmo. O dia marcado para o roubo chega e é claro que não acaba nada bem.

Quando Aline acha que sua vida sem graça vai voltar ao normal aparecem duas garotas que dizem ser alienígenas e que vêm observando ela e querem levá-la para seu planeta, mas como não será uma abdução, Aline tem o direito de escolher se quer ou não ir embora da Terra.

"Ela precisava fazer algo, urgentemente, ou corria o maior dos riscos que uma pessoa pode correr estando viva: ser infeliz até o fim."

O livro é bem curtinho e, apesar de ter toda essa doideira de alienígenas e um garoto tentando viajar no tempo, é uma leitura super gostosa e descontraída. É tão bom lermos algo que nos faz sentir mais leve e feliz; eu tinha acabado de terminar uma leitura com uma carga dramática e emocional muito forte e esse livro arrancou-me sorrisos por diversas vezes. A obra tem algumas referências musicais e de séries que eu achei super legais; foi uma leitura bem descontraída que eu sinto que veio na hora certa. Outra coisa que eu achei bem diferente, mas muito interessante, é que o narrador por diversas vezes interage com a personagem e até mesmo com o leitor, eu gosto muito disso nos livros. Quantos de nós somos "Alines", que não sabemos de onde viemos ou para onde vamos, principalmente ali por volta dos dezoito anos? É impossível não nos identificarmos com a personagem em diversas ocasiões.

9 comentários:

  1. Eu acho bem interessante essas experiências loucas haha amei sua resenha e já quero ler o livro :D

    https://www.submersaempalavras.com/

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  2. Oi, tudo bem? Fiquei curiosa com esse livro, achei as situações extraordinárias meio doidas, mas deve servir para uma ótima reflexão. Gostei muito do título e da capa, adorei! Não conhecia e já quero hehe.

    Love, Nina.
    www.ninaeuma.blogspot.com

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  3. Que história mais louca essa da vida da Aline. Primeiro, se jogar é cair em cima de um COLCHÃO! Eu ri nessa parte da resenha imaginando a frustração de cair justamente na hora que passava um colchão. É notória que ela ainda tinha grandes coisas para fazer, como se tornar ajudante de ladrão . Gente que livro mais sem noção é que ao mesmo tempo dar uma enorme vontade de querer conhecer mais. Já anotei por aqui.
    Bjim!
    Tammy

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  4. Olá, tudo bem?
    Eu ainda não conhecia o livro e nem o autor, mas achei a premissa bem interessante. Parece ser um livro bem gostoso de se ler e achei bacana essa interação do narrador com a personagem e com o próprio leitor. Adorei a resenha e vou anotar a dica.
    Beijos!

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  5. Olá, tudo bem? Nossa, realmente que livro interessante. Não lembro de ter lido nenhum outro enredo parecido com esse, por isso fiquei bem curiosa. Sua resenha está maravilhosa. Adorei!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com

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  6. Nossa que trama maluca, parece leve e achei no mínimo inusitado o narrador conversar com os personagens. A trama retratar algumas questões comuns à saída da adolescência e entrada na vida adulta, penso que seja um título interessante para trabalhar com jovens.

    Bjo
    Tânia Bueno

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  7. Ola!!

    Não conhecia esse livro e nem o autor, mas confessor que conforme ia lendo a sua resenha, ia achando cada vez mais pirada essa história. Entretanto, histórias leves e divertidas são um alivio para o nosso cotidiano exaustivo e aterrorizador as vezes.

    Não sei se é o tipo de livro que eu leria por agora, mas anotei sua dica!

    beijos

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  8. Olá

    Eu estou aqui extremamente chocada com esses vários elementos numa narrativa só porque eu não teria capacidade de fazer algo coerente e organizado com personagens tão incomuns numa história que parece ser bem leve e convidativa.

    Beijos!

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  9. Que interessante ver a sua opinião, uma amiga leu e não gostou e me contou algumas partes que me desanimaram, mas vendo a sua resenha eu fiquei curiosa. Espero poder ler.

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