20/04/2018

[Resenha] Entre o sol e a lua (esmeralda #1) | Ana Ferrarezzi

Entre o sol e a lua

Autor(a): Ana Ferrarezzi
Editora: Novo século
Páginas: 520
Resenha por: Viviane
Avaliação: 4/5
Compre: Americanas

*Livro cedido pela autora para resenha


Sinopse: Joana cresceu em uma cidade no interior de São Paulo e, para dar um novo rumo à sua tumultuada vida, aceita um emprego em uma multinacional no Rio de Janeiro.

Enquanto ela enfrenta os desafios desta nova fase, Cauã - entidade do Sol - a reencontra e a reconhece como o amor milenar dele. Joana não tem conhecimento de que é a personificação de uma importante entidade milenar, representada pela Lua, tampouco tem ideia de que agora faz parte de uma perigosa batalha entre entidades indígenas e de que irá se deparar com inimigos inimagináveis.

Surge entre eles uma paixão sem limites. No entanto, Cauã precisará unir forças para proteger a sua amada. E quebrar o encantamento que o impede de estar ao lado dela. Afinal, se o Sol precisa de Cauã para existir, ele precisa de Joana para viver.

Num enredo intrigante e mágico, Entre o Sol e a Lua dá vida a personagens míticos e à encantadoras lendas, parte do folclore brasileiro ainda pouco explorado: a mitologia tupi-guarani.

Resenha: Joana é uma jovem de vinte e poucos anos que vive no interior de São Paulo. A moça tem dois melhores amigos: Camilla, um pouco estranha, e Sandro, completamente doidinho, e vive um relacionamento conturbado de mais de cinco anos com Rodrigo, um milionário excêntrico e um tanto agressivo e dominador, mas, mesmo com as brigas, Joana não entende como nunca conseguiu terminar o relacionamento.

Após uma briga feia e decidida a terminar o namoro e a mudar de vida, Joana vai fazer uma entrevista para trabalhar em uma multinacional do Rio de Janeiro. A entrevista é um tanto estranha, mas Joana é selecionada para o cargo - que ela nem sabe bem para o que é. Ao chegar para o primeiro dia de trabalho, ela é recepcionada muito bem pelos sócios Lina, Gabriel, Cristiano, Alcinoe e, mais tarde, Cauã, como se fosse uma velha amiga, e fica bem intrigada, já que esse não é o procedimento normal dos chefes com uma funcionária nova. Cauã apresenta certa resistência ao aproximar-se de Joana, mas os outros se desmancham em agrados.

Nos últimos dias Joana tem se sentido estranha, tem a impressão de ouvir uma voz feminina que lhe dá instruções e, após a primeira vez que Cauã toca nela, ela cai em sono profundo, e isto irá acontecer em todos os encontros deles, pois, passado o primeiro encontro turbulento, o rapaz tenta aproximar-se dela e parece estar tentando seduzi-la. Aí, agora, você que está lendo esta resenha, pensou "É mais um romance clichê em que o chefe rico tenta seduzir a mocinha, sua funcionária...". Não mesmo! Após esta minha revelação, vocês verão o quanto as coisas ficarão interessante, mas, antes, vou contar um historinha: há muito tempo o sol e a lua apaixonaram-se perdidamente, mas como eles nunca podiam se encontrar, e todo mundo sabe o porquê, Rudá, uma espécie de entidade do amor, cria o eclipse, para que eles possam ficar próximos e se amarem por algum tempo, porém eles amavam-se tanto que não queriam mais se separar e o evento durou dias; para não causar maiores estragos, o sol e a lua foram agraciados com formas humanas, e assim tem sido há milênios, eles nascem, morrem, nascem de novo, e sempre se reencontram, mas eis a minha revelação para vocês, na atualidade eles são representados por Joana e Cauã (óóóóhhhh).

"Lina, Gabriel e seus amigos acumulavam vidas em meio a uma milenar existência. Eram obrigados a se reinventar de tempos em tempos para integrar-se à sociedade, viver diversas vidas, acumular nomes, morar em diversas cidades, experimentar diversas culturas. No entanto, um ponto similar ao humano era o livre- arbítrio. Detinham a liberdade de escolher livremente. Em contrapartida, eram obrigados a lidar com suas escolhas, pela memória intacta de uma longa existência e também sob a pena de conviver com as consequências."

Porém, desta vez, parece ter algo errado, pois já era para Joana ter lembrado-se de todas suas vidas passadas com Cauã, lembrar que ela é a lua e ter seus poderes aflorados, mas o mais estranho é que, quando Cauã a toca, ela dorme ou desmaia, parecendo estar enfeitiçada.

"Sou o Sol, e você, a Lua. Somos complementos, isso não há uma alma na face da Terra que negue. Você é meu motivo é preciso que você reconheça isso; caso contrário, deixarei de existir. - Deixarei de respirar e de sentir minhas pernas, literalmente em estado de choque."

A partir daí começa uma corrida para saber que feitiço é esse, já que está próximo do dia de um ritual e os amigos de Joana precisarão que ela lembre-se de tudo e que use seus poderes.

A estória é muito rica em conhecimento de lendas do mundo, mas principalmente do Brasil. Um dos amigos de Joana é o Boto, outro é o Saci; vai ter também o Negrinho do Pastoreio, o Cupido, a Cuca... esses são os que eu conheço, mas tem muito mais. Joana é Jaci, a lua, e Cauã é Guaraci, o sol, mas além destas entidades também temos as Icamiabas, mulheres guerreiras e humanas, mas que tem habilidades que ajudam a proteger Joana e todos seus amigos.

Eu gostaria de parabenizar a autora pela rica pesquisa para escrever esse livro e agradecer pela oportunidade de lê-lo e do extenso conhecimento que adquiri com essa leitura. Mesmo o livro tendo um final bem definido, ele terá continuação e, em breve, já trago a resenha do segundo volume para vocês.

11 comentários:

  1. Ola
    Estou ansiosa para ler esses livros, estou esperando chegar, amoooooo a cultura indígena e suas lendas e fiquei contente por ter histórias com esse tema (poucas, mas tem).
    Ansiosa pela leitura.
    Adorei sua resenha.
    Bjus

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  2. Fiquei com vontade de ler e olha que dificilmente nacionais prendem a minha atenção logo na sinopse rs.

    Sai da Minha Lente

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  3. Olá, tudo bem? Já li o primeiro livro, e realmente adoro o quanto a autora explorou nossa cultura, nosso folclore. Tinha lendas que até não conhecia, e fiquei feliz em ver o nosso nacional riquíssimo. Ainda não tive oportunidade de ler o próximo, mas espero mudar isso em breve!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com.br

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  4. Oi, tudo bem?
    Eu ainda não conhecia esse livro e achei a premissa bastante original. Confesso que não é o tipo de leitura que me atrai muito, mas achei muito legal a autora inserir tantos elementos do folclore brasileiro.
    Fico feliz que tenha gostado tanto da leitura e que ela tenha agregado conhecimento para você.
    Beijos!

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  5. Nunca li nada com a cultura indígena e folclore brasileiro inserido em enredos. Joana é Jaci, isso me deu uma nostalgia, pois me lembro de ter visto estes personagens no primário e gostei muito. Uma escrita nacional fiel a toda cultura da nossa terra, vale a pena.

    Abraços.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

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  6. Olá
    Eu comprei esse livro e ele está na lista do que eu lerei, espero não me decepcionar criei muitas expectativas só escutei coisas boas. Parece super valer a pena a leitura.
    Beijos

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  7. Caramba, comecei a ler sua resenha e me encontro de boca aberta com toda essa reviravolta, de verdade. Fico feliz que exista uma obra com elementos tao enriquecedores assim, dica anotada!

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  8. Olá!
    Não conhecia nem o livro nem a autora.
    Mas li a sinopse e fiquei curiosa! Parece ser um livro muito interessante. Vou adicionar à minha lista de leituras.
    Obrigada pela dica!
    Beijinhos

    http://a-lilianaraquel.blogspot.com

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  9. Adorei saber que trata da mitologia tupi-guarani, o folclore brasileiro é muito rico, mas vemos poucos livros com enredos assim. Me interessei bastante, é o tipo de nacional que não dá pra deixar passar de forma alguma, não tinha ouvido falar dele ainda, que bom que encontrei a resenha aqui!

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  10. Olá, eu não conhecia o livro, mas pelos seus comentários ele parece estar bem bacana *-* Adorei a escolha da autora pela mitologia tupi-guarani. Dica anotada.

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  11. Acabei de ler a sua resenha sobre o segundo volume e vim aqui para conhecer um pouco mais sobre esse primeiro também, fiquei curiosa com os dois!

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