18/05/2018

[Resenha] Insígnias | Karol Blatt

Insígnias

Autor(a): Karol Blatt
Editora: Bezz
Páginas: 374
Resenha por: Larissa
Avaliação: 5/5
Compre: Americanas / Editora

*Livro cedido pela editora para resenha


Sinopse: Vítima de um dos períodos mais cruéis da história da humanidade, Hadassa Belshoff encontra-se num terrível impasse ao se tornar prisioneira na mansão dos Müller. Tendo sido separada da família e com o destino nas mãos de um ditador que causou o genocídio de milhões, ela precisa decidir se deve seguir a razão ou o coração.

Um amor pode nascer em meio ao ódio? Até onde é possível perdoar? Insígnias revela um amor construído em uma época difícil e por duas pessoas que estão de lados opostos em um conflito que marcou a história para sempre. Dois corações que podem representar tanto á salvação quanto á destruição um para o outro. Mas acima de tudo, Insígnias é o relato da força de um sentimento verdadeiro que ousa crescer em meio ao sofrimento e que não titubeia mesmo diante da ameaça sufocante da morte.

Resenha: Hadassa é uma judia que, em um dia "qualquer", tem sua casa invadida pelos soldados alemães e era para ser levada, junto com sua família, para os campos de concentrações. Acontece que, após quase sofrer abusos de um soldado, Müller - um soldado de nível superior - resolve levá-la para sua mansão.

Na mansão dos Müller, Hadassa passa a ser empregada, juntamente com outros judeus. Ela passa muito trabalho por lá, a ponto de ficar de "castigo", sem comer por alguns dias e presa.

"Chorei em silêncio pela separação da minha família e por estar em um lugar distante à mercê de qualquer crueldade. Chorei por não saber o futuro que teria e se teria um futuro no meio de tudo aquilo. Chorei até que não restasse nada além da dor oca dentro de mim."

É claro que no meio disso tudo - como já diz na sinopse do livro - surge uma paixão entre a judia, Hadassa, e o soldado, Ahren. E, bem, digamos que esse amor fará com que Ahren Müller mude suas opiniões e sentimentos em relação à guerra...

Após a paixão avassaladora surgir entre nossos personagens, Müller resolve refletir um pouco sobre tudo o que está acontecendo, sobre a guerra, sobre seus conceitos, e vê que ele não merece o amor de Hadassa, já que ele roubou milhares de vidas e famílias, inclusive a dela. Ahren chega até a tentar cometer suicídio, mas é salvo a tempo pela moça.

"Ahren e eu éramos uma união imprevisível e instável, não por nossos sentimentos em relação um ao outro, porque isso já estava solidificado dentro de nós, mas pela época e a condição em que vivíamos. E, no entanto, ali estávamos nós como dois bobos apaixonados, vivendo um romance complicado. Romeu e Julieta com certeza nos invejariam pela situação dramática."

É claro que os soldados parceiros de Ahren não iam aceitar isso tudo de bom grado, e resolvem contar aos superiores que o rapaz rendeu-se e não é mais um deles; então Müller, juntamente com Hadassa e os outros judeus que trabalhavam como escravos para ele - que ele libertou, inclusive -, passam a ser fugitivos dos nazistas.

Depois que os judeus e Ahren saem da mansão dos Müller eles passam por vários lugares e muitas coisas acontecem, pois a qualquer momento eles podem ser descobertos.

Não posso deixar de citar Anne e Albert, dois personagens que tiveram papéis muito importantes também durante a estória. Anne também era judia e trabalhava junto com Dass na mansão; simpatizei com ela logo de cara. As duas viraram amigas inseparáveis e tinham uma amizade muito bonita.

Durante a leitura, fiquei bem dividida: ora pensava que Ahren era o melhor dos caras; ora pensava que Dass estava sendo muito "trouxa" por estar com um cara que quase a matou, submetendo-a a coisas desumanas, porém, de qualquer forma, podemos ver claramente que Ahren arrependeu-se de toda a guerra da qual fez parte e que estava disposto a ser alguém diferente e melhor por sua amada.

É uma estória muito bonita, de um amor que sobreviveu em meio à maior guerra de todas, que destruiu famílias inteiras. Hadassa e Ahren são dois personagens que irei levar para sempre em meu coração. Então deixo a dica para vocês de uma leitura que emociona e faz querer mais!

"Às vezes, tudo que você pode fazer simplesmente não é o suficiente. Algumas coisas estão acima da nossa capacidade de interferência ou escolha. A morte, o amor, a dor que se segue à perda não são acontecimentos aos quais podemos fugir. Todos nós teremos de encará-los, cedo ou tarde."

11 comentários:

  1. Olá, tudo bem? Recentemente adquiri um interesse grande em romances que se passam na 2° Guerra Mundial, mas sempre fico com um pé atrás em ler coisas em que a vítima acaba se apaixonando pelo cara que a maltratou. Não sei se esse é o caso até porque gostei bastante da sinopse e da sua resenha. Vou adicionar nos meus desejados, mas quero ler mais resenhas sobre para tirar uma opinião melhor! Os quotes que destacou são maravilhosos!
    Beijos,
    http://diariasleituras.blogspot.com.br

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  2. Oiii meninas

    Realmente parece ser uma história bonita e bem tocante, eu acho legal esses romances meio impossiveis, quando lados opostos vivem uma paixão proibida. E a ambientação da Segunda Guerra é sempre interessante.

    Beijos

    www.derepentenoultimolivro.com

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  3. Olá!
    Esse livro deve ser muito emocionante. Adoro leituras que passam em meios difíceis como a Guerra. Geralmente são tramas delicadas e personagens marcantes.
    Fiquei com vontade de conhecer a história.
    Beijos!

    Camila de Moraes

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  4. Oi.
    Eu nem li o livro e já estou com sentimentos conflituosos em relação ao romance, só imagino como deve ser durante a leitura. Eu acho que também ficaria nessa oscilação entre amar e odiar o personagem.
    Não conhecia o livro e adorei a dica.
    Beijos

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  5. Oi Larissa
    Não conhecia este livro, mas adorei a sinopse
    Eu amo ler livros sobre guerras, especialmente sobre o holocausto
    Gostei muito da sua resenha!
    Dica anotada
    Bjks

    www.maeliteratura.com

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  6. Eu estou louca para ler esse livro e ele já será uma das minhas próximas leituras. Gostei de ver a sua opinião sobre ele e só fiquei ainda mais curiosa. Acho a capa dele muito bonita.

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  7. Gosto muito de premissas assim, sempre me emocionam ao mesmo passo que me deixa aflita. Não sei se eu entenderia alguém que tentou me matar, então acho que só lendo para conhecer os verdadeiros sentimentos de cada personagem. Vou anotar a dica, quero ler.

    Abraços.
    https://cabinedeleitura0.blogspot.com.br/

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  8. Ahhhhhhhh acredito que tbm ficaria com o sentimento de ódio e amor pelo personagem. Pela sua resenha deu pra sentir a intensidade da história e adoro ler tramas que usam a 2 guerra como pano de fundo.
    Dica mais que anota, Lari..
    Beijos

    Sai da Minha Lente

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  9. Olá! Achei a premissa da história muito interessante. Pode ter quem não goste por ela ficar com alguém que já a tratou mal. Mas eu sigo a filosofia de que se a pessoa se arrepende de verdade e nunca mais faz algo, ela merece essa chance de ser feliz. E, pelo visto, trata disso esse livro. Fiquei bem curiosa e interessada em ler. Dica anotada!
    Abraços

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  10. Oi Vivi, como está?
    Eu não sei por onde começar a comentar o resumo que tu fez desse livro porque só a premissa já me deixou sem ar. Fiquei me perguntando se eu mesma seria capaz de amar alguém que tentou me matar, porém, se arrependeu. Como diria uma das músicas de "A Bela e a Fera", sentimentos são fáceis de mudar. Um pouco de reflexão misturado com uma paixão nascida e de repente, tudo o que você pensava conhecer explode.
    Abraços e beijos da Lady Trotsky...
    http://www.galaxiadeideias.com/
    http://osvampirosportenhos.blogspot.com

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  11. Olá, Adoro esse tipo de romance que se passa em acontecimentos históricos. A premissa desse livro me deixou querendo saber mais sobre esse casal de judeus, estou com muitas expectativas.
    Beijos

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