Autor(a): André Diniz
Editora: Companhia das Letras
Páginas: 416
Resenha por: Viviane
Avaliação: 5/5
Compre: Americanas / Editora
*Livro cedido pela editora para resenha
Sinopse: Em preto e branco e num registro quase sem palavras, André Diniz propõe uma recriação surpreendente de O idiota, uma das obras máximas de Fiódor Dostoiévski. Escrito entre 1867 e 1869 em meio a crises de epilepsia e sob a pressão de severas dívidas de jogo, o romance é um dos mais célebres da literatura mundial. Sua oralidade intensa encontra na fluidez, na ternura e na enorme capacidade expressiva do traço de Diniz, uma correspondência única. O resultado é uma jornada eletrizante e original aos abismos interiores e horrores metafísicos do mestre russo.
Resenha: Fiódor Dostoiévski é um famoso filósofo e escritor russo que viveu nos anos 1800. Escreveu sempre sobre temas profundos que exploravam o psicológico de seus personagens.
"O idiota" foi lançado originalmente entre os anos 1867 e 1868. Eu não conhecia a obra original e fiz muitas pesquisas antes de começar a "ler" esta versão em quadrinhos.
Nosso protagonista chama-se Liév Míchkin, sofre de epilepsia e passou vários anos em um sanatório, onde cresceu dentro. Após sair, já com vinte e sete anos, ele vai ao encontro de um parente que seria a única pessoa viva de sua família. Através deste parente, o rapaz fica sabendo que ainda existe uma única descendente da linhagem dos Míchkin e, após a morte deste tutor, o príncipe vai atrás deste contato.
A parente chama-se Lisavieta Epántchin, casada com Ivan Epántchin e mãe de Aglaia Epántchin. Ivan mantém uma jovem sob sua tutela, Nastácia Filíppovna, que perdeu os pais ainda criança, mas assim que a menina cresce é forçada a tornar-se amante do homem. Nastácia torna-se uma linda mulher e sabe tirar proveito disso.
Vamos conhecer também Parfion Rogójin, uma figura sombria - e milionário devido a herança de seu pai -, que quer a todo custo casar-se com Nastácia.
Em razão das imagens dos quadrinhos - e é praticamente só gravuras, os diálogos são pouquíssimos -, eu entendi que Parfion quer Nastácia a qualquer preço, mas têm mais homens que a querem, e ela usa de sua beleza para seduzir a todos.
Liév, por sua sua criação reclusa, não conhece as maldades do mundo e fica com pena de Nastácia, oferecendo-se para desposá-la, mas ela diz que ele merece coisa melhor, o que me fez crer que ela nutre algum sentimento por ele.
Porém, Aglaia está interessada em Liév e eles chegam a se relacionar, mas sempre que Anastácia precisa, Liév sai correndo e isso já está passando dos limites, na opinião de Aglaia, que dá a Liév um ultimato: "Ou ela, ou eu!".
O livro, como eu já disse, é composto quase que somente de gravuras, os diálogos são poucos, só para não ficarmos totalmente perdidos na "leitura". Se eu não tivesse pesquisado antes, provavelmente não iria entender muita coisa, mas fiquei bem impressionada com a profundidade dos desenhos e com o quanto foi possível perceber os sentimentos dos personagens. Em defesa do protagonista, não achei ele idiota, achei puro e inocente, alguém que nunca conheceu as maldades do ser humano e suas artimanhas. As ilustrações são em preto e branco com traços fortes e marcantes e o artista é brasileiro, nascido no Rio de Janeiro.
Compre: Americanas / Editora
*Livro cedido pela editora para resenha
Sinopse: Em preto e branco e num registro quase sem palavras, André Diniz propõe uma recriação surpreendente de O idiota, uma das obras máximas de Fiódor Dostoiévski. Escrito entre 1867 e 1869 em meio a crises de epilepsia e sob a pressão de severas dívidas de jogo, o romance é um dos mais célebres da literatura mundial. Sua oralidade intensa encontra na fluidez, na ternura e na enorme capacidade expressiva do traço de Diniz, uma correspondência única. O resultado é uma jornada eletrizante e original aos abismos interiores e horrores metafísicos do mestre russo.
Resenha: Fiódor Dostoiévski é um famoso filósofo e escritor russo que viveu nos anos 1800. Escreveu sempre sobre temas profundos que exploravam o psicológico de seus personagens.
"O idiota" foi lançado originalmente entre os anos 1867 e 1868. Eu não conhecia a obra original e fiz muitas pesquisas antes de começar a "ler" esta versão em quadrinhos.
Nosso protagonista chama-se Liév Míchkin, sofre de epilepsia e passou vários anos em um sanatório, onde cresceu dentro. Após sair, já com vinte e sete anos, ele vai ao encontro de um parente que seria a única pessoa viva de sua família. Através deste parente, o rapaz fica sabendo que ainda existe uma única descendente da linhagem dos Míchkin e, após a morte deste tutor, o príncipe vai atrás deste contato.
A parente chama-se Lisavieta Epántchin, casada com Ivan Epántchin e mãe de Aglaia Epántchin. Ivan mantém uma jovem sob sua tutela, Nastácia Filíppovna, que perdeu os pais ainda criança, mas assim que a menina cresce é forçada a tornar-se amante do homem. Nastácia torna-se uma linda mulher e sabe tirar proveito disso.
"Vivo em um pesadelo. Ela me humilha sadicamente."
Vamos conhecer também Parfion Rogójin, uma figura sombria - e milionário devido a herança de seu pai -, que quer a todo custo casar-se com Nastácia.
Em razão das imagens dos quadrinhos - e é praticamente só gravuras, os diálogos são pouquíssimos -, eu entendi que Parfion quer Nastácia a qualquer preço, mas têm mais homens que a querem, e ela usa de sua beleza para seduzir a todos.
Liév, por sua sua criação reclusa, não conhece as maldades do mundo e fica com pena de Nastácia, oferecendo-se para desposá-la, mas ela diz que ele merece coisa melhor, o que me fez crer que ela nutre algum sentimento por ele.
"É você quem ela ama. / Mas ela tem medo de desgraçar a sua vida."
Porém, Aglaia está interessada em Liév e eles chegam a se relacionar, mas sempre que Anastácia precisa, Liév sai correndo e isso já está passando dos limites, na opinião de Aglaia, que dá a Liév um ultimato: "Ou ela, ou eu!".
O livro, como eu já disse, é composto quase que somente de gravuras, os diálogos são poucos, só para não ficarmos totalmente perdidos na "leitura". Se eu não tivesse pesquisado antes, provavelmente não iria entender muita coisa, mas fiquei bem impressionada com a profundidade dos desenhos e com o quanto foi possível perceber os sentimentos dos personagens. Em defesa do protagonista, não achei ele idiota, achei puro e inocente, alguém que nunca conheceu as maldades do ser humano e suas artimanhas. As ilustrações são em preto e branco com traços fortes e marcantes e o artista é brasileiro, nascido no Rio de Janeiro.
Que legal, gostei muito de conferir sua opinião sobre essa obra, e nossa ele é nacional, amei totalmente. Não é um tipo de livro que eu leia mas gostei de conferir e conhecer claro. No momento não pegarei para ler mas deixarei na lista.
ResponderExcluirBjs
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirEu amo coisas gráficas, sou uma leitora ávida de quadrinhos por conta disso e fiquei bastante interessada nesse livro em particular. Mas o que me impressionou mesmo foi a quantidade de páginas, mas pensando em quem escreveu a trama de fato não me surpreende.
Abraços
Olá, tudo bem? Gostei muito de ler sua resenha deste livro de gravuras, eu não conhecia ele antes mas confesso que achei bem confuso mesmo haha.. Apesar disso acredito que valha a pena dar uma chance pra esta leitura! Obrigada pela dica!
ResponderExcluirbeijos,
Conta-se um Livro
aaahh, eu quero tanto esse quadrinho, desde que vi ele to loucaaa querendo ler, mas falta money, e lendo tua resenha fiquei mais curiosa ainda kkk.
ResponderExcluirOi, tudo bem? Ai, eu adoro graphic novels e achei bem interessante a proposta dessa releitura! Eu nunca li nada do Dostoiévski, porque a literatura dele realmente não chama a minha atenção, mas conheço essa obra. Achei bem diferente o fato de ter mais gravuras e não haver muitos diálogos, acho que é um super exercício de interpretação por parte do leitor e acho que é um desafio muito bom. Fiquei interessada em folhear para olhar as ilustrações :) Que bom que você pesquisou antes de ler, acho que eu também me sentiria perdida haha.
ResponderExcluirLove, Nina.
www.ninaeuma.blogspot.com
Que diferente essa maneira de colocar a obra, eu certamente nao teria pesquisado então iria me sentir um pouquinho perdida. No entanto, fiquei curiosa para saber como é o traço do autor.
ResponderExcluirOlá, tudo bem? Adorei ler a sua resenha! Já conhecia a HQ e acho que é um ótimo começo para quem quer conhecer a obra. Acho os traços maravilhosos e realmente interessante. Ótimas palavras!
ResponderExcluirBeijos,
http://diariasleituras.blogspot.com.br
Eu li este livro há alguns anos atrás para um trabalho sobre o autor. Gostei bastante, mas fiquei curiosa para saber como que fizeram isso em ilustração rs. Quero essa edição <3
ResponderExcluirSai da Minha Lente
Eu amo graphic novel e essa é uma das que eu mais estou curiosa para ler. Adorei ver a sua resenha por aqui e poder conhecer um pouquinho mais sobre a obra.
ResponderExcluirOlá!
ResponderExcluirJá conhecia a obra original, apesar de nunca ter tido a oportunidade de ler. Mas fiquei realmente encantada pela proposta de releitura no formato graphic novels, e ainda mais encantada por ser nacional.
Confesso que fiquei muito curiosa em conhecer a edição.
Parabéns pela resenha!
Oi.
ResponderExcluirBem interessante este livro, eu leria com certeza. A capa é muito bonita e gostei bastante da premissa, que bom que compartilhou sua opinião a respeito da obra.
Oi livreiras, como estão?
ResponderExcluirJá ouvi falar muito desse quadrinho e fico espantada ao imaginar que o autor adaptou tudo isso de uma obra russa muito complicada, já que o livro original tem mais de 500 páginas. Já vi algumas fotos da obra também e acho o trabalho gráfico muito bonito.
Abraços e beijos da Lady Trotsky...
http://www.galaxiadeideias.com/
http://osvampirosportenhos.blogspot.com