[Resenha] Bom dia, Verônica | Andrea Killmore

Bom dia, Verônica

Autor(a): Andrea Killmore
Editora: DarkSide
Páginas: 258
Resenha por: Viviane

Avaliação: 5/5
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Sinopse: Quanto menos você souber sobre Andrea Killmore, menos risco vai correr. Amiga íntima do perigo, a nova autora da DarkSide® Books é uma revelação que não pode se revelar, e seu verdadeiro nome continua um mistério até para a editora. Em outra vida, ela foi alguém importante dentro da polícia. Após trabalhar infiltrada em um caso e sofrer uma grande perda pessoal, a autora se viu obrigada a assumir uma nova identidade. E com ela, uma nova vocação. Escondida nas sombras, buscou na literatura a saída para vencer a depressão e não calar sua voz. Assim nasceu Andrea Killmore, pseudônimo batizado com sangue.

Desde o primeiro e-mail à DarkSide® Books, quando enviou o original de seu romance de estreia, BOM DIA, VERÔNICA, a autora deixou clara a importância de seu anonimato. Todo o contato dos editores com ela é feito através de um advogado. Por questões de segurança, seu estilo de vida é extremamente reservado e não lhe permite conceder entrevistas ou participar de eventos públicos. O que mais você precisa saber? Que, seja ela quem for, Killmore é uma autora de primeira. Ela escreve thrillers como os grandes mestres, e sua experiência de vida confere uma autenticidade que poucas vezes encontramos em suspenses policiais. A escritora conheceu de perto a verdadeira face do mal. Mesmo com tantos mistérios, sua literatura é vibrante e cruel - como a realidade.

Resenha: Verônica é uma policial de quase quarenta anos que, após uma tentativa de suicídio, foi impedida de trabalhar em investigações, mas o delegado Carvana arrumou uma vaga de secretária para que ela continuasse no departamento. Verônica sente-se invisível, pois ninguém realmente se importa com ela.

"A vida é assim: você faz cem coisas certas, mas os sacanas só se lembram de uma coisa errada."

Em um dia de trabalho, uma mulher sai da sala de Carvana chorando muito. Verônica percebe que a mulher está com a aparência horrível e tem uma erupção horrenda na boca; vai buscar uma água para tentar acalmar a mulher e, quando volta, ela já está na beirada do parapeito e joga-se de uma altura de onze andares, não dando nem a chance de Verônica tentar impedir.

Verônica fica muito curiosa sobre o que a mulher foi fazer na delegacia e, após falar com Carvana, descobre que a mulher, que se chamava Marta, foi vítima de um rapaz mais jovem que conheceu na internet, que extorquiu uma quantia em dinheiro dela e sumiu. A mulher quer investigar, mas Carvana manda que ela esqueça, até porque está proibida de sair a campo. Mas é claro que Verônica ignora o chefe e vasculha a bolsa da falecida, pega a chave da casa e um caderninho com anotações, vai até o endereço e entra na residência de Marta. Lá Verônica encontra algumas pistas no computador e descobre que Marta já vinha fazendo uma investigação por conta própria, fotografa tudo e, prestes a sair, Verônica vê um exame de Marta que diz que ela estava com defungi vermibus, um fungo que é encontrado em cadáveres, levando à conclusão de que o golpista curtia uma necrofilia e levando Verônica a entender que aquela ferida horrível foi fruto de um encontro íntimo que tiveram.

Logo vamos conhecer Janete, esposa submissa e devotada. Ela casou-se com Brandão, policial militar, por amor; ele era um homem carinhoso, ardente na cama, mas agora é estúpido e grosseiro. Janete tem medo dele, e faz tudo o que ele quer para não desagradá-lo, e o que ele quer é que ela vá até a rodoviária e escolha uma moça que esteja chegando do interior à procura de trabalho. Ele já pediu isso várias vezes, Janete não sabe o fim das moças, só sabe que gritam muito, e depois nunca mais ela tem notícias. Por um tempo Brandão contenta-se, mas agora ele quer outra garota, cada vez mais seguido. Janete viu a policial Verônica na TV falando do suicídio de Marta, e acredita que pode confiar nela, então liga para pedir ajuda, mas não tem coragem de falar e desliga o telefone ao ouvir a voz da policial.

"O ser humano é podre e egoísta, prefere o problema que já conhece a enfrentar o desconhecido com honra."

Verônica localiza o número que ligou para ela e não falou nada e liga de volta. Janete, apesar de calma, diz que o marido vai matá-la se descobrir da conversa com Verônica e que ele mata mulheres e desliga. Verônica vai até o endereço, mas Brandão e Janete saíram para "caçar". Vítima escolhida, eles a levam para um local isolado, mas Janete nunca vê nada, apenas ouve, já que é obrigada a usar uma caixa na cabeça que só permite a ela ouvir os gritos das vítimas.

A policial, que estava afastada do serviço de investigação, agora tem duas missões: descobrir o culpado pelo suicídio de Marta e descobrir até que ponto Janete falou a verdade.

Foi uma das leituras mais intensas que já realizei e o final é surpreendente. O livro foi lançado sob o pseudônimo "Andrea Killmore", que na época suspeitava-se que fosse uma história real e que a autora estivesse no apoio de proteção a testemunhas, mas no ano passado foi revelado que os autores por trás desta trama incrível são Raphael Montes e Ilana Casoy. É um livro para terminar de ler e ficar dias refletindo.