18/09/2020

[Resenha] Objetos cortantes | Gillian Flynn

Objetos cortantes

Autor(a): Gillian Flynn
Editora: Intrínseca
Páginas: 256
Resenha por: Viviane
Avaliação: 4/5
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Sinopse: Com reviravoltas surpreendentes, Sharp Objects: Objetos cortantes narra o retorno da repórter Camille Preaker, recém-saída de um hospital psiquiátrico, à sua cidade natal para investigar o brutal assassinato de uma menina e o desaparecimento de outra. Desde que deixou a pequena Wind Gap, no Missouri, oito anos antes, Camille quase não falou com a mãe neurótica, o padrasto e a meia-irmã que praticamente não conhece. Hospedada na casa da família, a jornalista precisa lidar com as memórias difíceis de sua infância e adolescência. E à medida que as investigações para elaborar sua matéria avançam, Camille passa a desvendar segredos perturbadores, tão macabros quanto os problemas que ela própria enfrenta.

Resenha: Camille é uma jornalista de mais ou menos trinta anos que acaba de dar alta de um hospital psiquiátrico por se automutilar, e recebe de seu chefe a missão de voltar à sua cidade natal para cobrir o assassinato de uma garotinha de nove anos, que foi o segundo em menos de um ano.

Sem muita opção, já que precisa do emprego, Camille volta a Win Gap, no Missouri, e hospeda-se na casa de sua mãe, já que a verba do jornal é curta.

Muitos fatos do passado da mulher vão sendo revelados, e aos poucos vamos entendendo o porquê de Camille ter se autoflagelado.

Quando ainda era criança, Camille tinha uma irmã que tinha todo o amor e atenção da mãe por ser uma criança doente e que veio a falecer; a mãe nunca superou a perda e parecia descontar em Camille a sua dor.

"Não sentia nenhuma fidelidade especial à cidade. Era o lugar onde minha irmã morrera, o lugar onde eu começara a me cortar. Uma cidade tão sufocante e pequena que todos os dias você esbarrava em pessoas que odiava. Pessoas que sabiam coisas sobre você. É o tipo de lugar que deixa marcas."

A adolescência de Camille foi bastante conturbada, com direito a estupro coletivo e humilhações em público. Assim que teve idade, foi embora, e agora que precisou voltar terá que encarar seus fantasmas do passado e, ainda, investigar quase que por conta própria os assassinatos, já que sua presença não é bem vinda, nem pela polícia local e menos ainda por sua mãe, que parece incomodada com a presença da filha, já que agora ela tem outra filha, Amma, com treze anos, que tem toda a atenção da mãe, mas que tem atitudes que parecem estar "gritando por socorro".

Há muito tempo que eu queria ler algo da autora, e optei por "Objetos cortantes" por ser seu livro de estreia. Achei a narrativa um pouco pesada pelos detalhes dos acontecimentos, mas entendo ser necessária para a construção da personagem que tinha tendências a álcool, drogas e automutilação. O mistério dos assassinatos foi o ponto alto da leitura, e o final foi uma grande surpresa.

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