Autor(a): Hiran Murbach
Editora: Soul
Páginas: 252
Resenha por: Viviane
Avaliação: 5/5
Compre: Autor / Editora
*Livro cedido pelo autor para resenha
Sinopse: Já se sentiu observado alguma vez e ao olhar em volta nada ver? Ou ainda sentiu uma presença, não malígna, mas alguém ou algo próximo de você e ao observar ao seu redor estar completamente sozinho?
O que você faria se um dia descobrisse que toda a sua existência está em risco e, pior ainda, não há muita coisa que você possa fazer para evitar isso? É exatamente isso que acontece em "Quase Esquecidos", uma obra de ficção que mistura fantasia e realidade e tem início no momento em que algumas criaturas do folclore brasileiro constatam um fato aterrador: as novas gerações estão deixando de conhecer a mitologia brasileira e, por causa disso, estes personagens folclóricos estão desaparecendo pois eles só podem existir enquanto lembrados.
Muito do nosso folclore já desapareceu nos dias atuais e os poucos que ainda sobrevivem precisam dar um jeito de reverter este quadro. A pergunta, no entanto, é como eles conseguirão fazer isso? E se conseguirão a tempo.
Resenha: No começo do livro vamos conhecer brevemente como vivem atualmente nossos personagens: um rapaz que não tem uma perna e mendiga; uma jovem lindíssima que consegue tudo através de seu poder de sedução; um rapaz que tinha a mulher que quisesse e depois se isolou em uma área rural e descobriu ser homossexual; uma senhora que está isolando-se do mundo e parece que ninguém mais lembra dela, pois as amigas pararam de procurá-la; um homem muito grande que trabalha como segurança de artistas famosos; um jovem que vive em um assentamento de sem-terra, no sul do Brasil; e um presidiário baixinho, de pés tortos e muito invocadinho. Parecem personagens normais, não é?! Mas não são; respectivamente falei do Saci, Iara, Boto, Potira, Lobisomem, Negrinho do Pastoreio e Curupira, todos em suas formas humana, vivendo normalmente entre nós, mas algo está errado, pois esses personagens do nosso folclore vêm sendo frequentemente esquecidos ou tendo suas histórias modificadas.
Ao final de cada um dos primeiros capítulos que descreve a vida atual das figuras folclóricas, nossos personagens recebem um bilhete misterioso, que indica dia e local no qual devem comparecer.
O dia do encontro chega e, para minha surpresa, quem reuniu todos foi ninguém menos que uma bonequinha metida, faladeira, com cabelos de linha e toda feita de panos... Sim, estou falando da Emília, do Sítio do Pica Pau Amarelo, mas que gosta de ser chamada de dona Boneca ou Marquesa. Seu fiel escudeiro é um minúsculo boneco feito de sabugo de milho. A Boneca tenta convencer os amigos de que precisam fazer algo antes que todos desapareçam; ela mesma já está diferente, antes tinha cabelos pretos e, agora, depois que um programa de TV foi criado (Sítio do Pica Pau Amarelo), ela começou a ter cabelos coloridos, sardas e maquiagem, pois a imagem dela vem se modificando na imaginação das pessoas.
A solução que Boneca propõe é encontrar algum descendente das crianças que moraram no sítio antigamente, há mais de um século, e fazer com que contem novamente suas histórias.
Paralelo a tudo que está acontecendo com os personagens do folclore vamos conhecer Pedro, um humano normal, filho de pais separados desde que era um bebê. Nunca se achou nos estudos ou profissionalmente. Mora em um pequeno apartamento e vive da herança que sua mãe deixou, pois a mesma falecera há alguns anos em um acidente de carro, e como ela era escritora e havia lançado alguns livros, esporadicamente "pingava" na conta do rapaz alguns lucros das vendas dos livros. Lobo/Lobisomem e Boto vão atrás da mulher, Luana, mas ao descobrirem que ela já morreu, partem em busca de Pedro que, pelo que tudo indica, é o último descendente das crianças do sítio e, talvez, a única esperança de todos os personagens do folclore que ainda vivem entre nós, mas que estão quase esquecidos. A missão não será fácil e o mais difícil será fazer com que Pedro "acredite" e ajude nossos personagens folclóricos a não desaparecerem de vez.
O que eu mais gosto quando leio livros nessa temática é a pesquisa que o autor faz para nos trazer o máximo de informações de uma maneira que torne a leitura prazerosa. Com o tempo e os novos personagens que surgem vamos esquecendo da nossa essência. Criei-me no interior e lembro quando em um dia calmo formava-se um redemoinho de terra ou quando a crina dos cavalos apareciam "enosadas" e associávamos esses fatos ao Saci Pererê, enquanto os uivos dos cachorros na madrugada eram de lobisomens, e lendo esse livro senti muita saudade da minha infância, da inocência que eu carregava e das coisas que acreditava. Com certeza é uma obra que merece e precisa ser lida por todos, pois nosso folclore não pode ser esquecido.
Compre: Autor / Editora
*Livro cedido pelo autor para resenha
Sinopse: Já se sentiu observado alguma vez e ao olhar em volta nada ver? Ou ainda sentiu uma presença, não malígna, mas alguém ou algo próximo de você e ao observar ao seu redor estar completamente sozinho?
O que você faria se um dia descobrisse que toda a sua existência está em risco e, pior ainda, não há muita coisa que você possa fazer para evitar isso? É exatamente isso que acontece em "Quase Esquecidos", uma obra de ficção que mistura fantasia e realidade e tem início no momento em que algumas criaturas do folclore brasileiro constatam um fato aterrador: as novas gerações estão deixando de conhecer a mitologia brasileira e, por causa disso, estes personagens folclóricos estão desaparecendo pois eles só podem existir enquanto lembrados.
Muito do nosso folclore já desapareceu nos dias atuais e os poucos que ainda sobrevivem precisam dar um jeito de reverter este quadro. A pergunta, no entanto, é como eles conseguirão fazer isso? E se conseguirão a tempo.
Resenha: No começo do livro vamos conhecer brevemente como vivem atualmente nossos personagens: um rapaz que não tem uma perna e mendiga; uma jovem lindíssima que consegue tudo através de seu poder de sedução; um rapaz que tinha a mulher que quisesse e depois se isolou em uma área rural e descobriu ser homossexual; uma senhora que está isolando-se do mundo e parece que ninguém mais lembra dela, pois as amigas pararam de procurá-la; um homem muito grande que trabalha como segurança de artistas famosos; um jovem que vive em um assentamento de sem-terra, no sul do Brasil; e um presidiário baixinho, de pés tortos e muito invocadinho. Parecem personagens normais, não é?! Mas não são; respectivamente falei do Saci, Iara, Boto, Potira, Lobisomem, Negrinho do Pastoreio e Curupira, todos em suas formas humana, vivendo normalmente entre nós, mas algo está errado, pois esses personagens do nosso folclore vêm sendo frequentemente esquecidos ou tendo suas histórias modificadas.
Ao final de cada um dos primeiros capítulos que descreve a vida atual das figuras folclóricas, nossos personagens recebem um bilhete misterioso, que indica dia e local no qual devem comparecer.
O dia do encontro chega e, para minha surpresa, quem reuniu todos foi ninguém menos que uma bonequinha metida, faladeira, com cabelos de linha e toda feita de panos... Sim, estou falando da Emília, do Sítio do Pica Pau Amarelo, mas que gosta de ser chamada de dona Boneca ou Marquesa. Seu fiel escudeiro é um minúsculo boneco feito de sabugo de milho. A Boneca tenta convencer os amigos de que precisam fazer algo antes que todos desapareçam; ela mesma já está diferente, antes tinha cabelos pretos e, agora, depois que um programa de TV foi criado (Sítio do Pica Pau Amarelo), ela começou a ter cabelos coloridos, sardas e maquiagem, pois a imagem dela vem se modificando na imaginação das pessoas.
"Só que essa é a grande merda. Se a gente foi criada pelos seres humanos, da mesma forma a gente depende deles para permanecermos vivos. Enquanto esses caras se lembrarem da gente e acreditarem que a gente existe, a gente permanece vivo. Quando a gente cair no esquecimento, já era. Puff, sumimos."
A solução que Boneca propõe é encontrar algum descendente das crianças que moraram no sítio antigamente, há mais de um século, e fazer com que contem novamente suas histórias.
Paralelo a tudo que está acontecendo com os personagens do folclore vamos conhecer Pedro, um humano normal, filho de pais separados desde que era um bebê. Nunca se achou nos estudos ou profissionalmente. Mora em um pequeno apartamento e vive da herança que sua mãe deixou, pois a mesma falecera há alguns anos em um acidente de carro, e como ela era escritora e havia lançado alguns livros, esporadicamente "pingava" na conta do rapaz alguns lucros das vendas dos livros. Lobo/Lobisomem e Boto vão atrás da mulher, Luana, mas ao descobrirem que ela já morreu, partem em busca de Pedro que, pelo que tudo indica, é o último descendente das crianças do sítio e, talvez, a única esperança de todos os personagens do folclore que ainda vivem entre nós, mas que estão quase esquecidos. A missão não será fácil e o mais difícil será fazer com que Pedro "acredite" e ajude nossos personagens folclóricos a não desaparecerem de vez.
"E ele, o que poderia fazer? Ele, mal sabia trocar uma lâmpada e fazer feijão sem queimar a panela agora era a única esperança de todo o folclore nacional. Convenhamos... Era demais para ele assimilar."
O que eu mais gosto quando leio livros nessa temática é a pesquisa que o autor faz para nos trazer o máximo de informações de uma maneira que torne a leitura prazerosa. Com o tempo e os novos personagens que surgem vamos esquecendo da nossa essência. Criei-me no interior e lembro quando em um dia calmo formava-se um redemoinho de terra ou quando a crina dos cavalos apareciam "enosadas" e associávamos esses fatos ao Saci Pererê, enquanto os uivos dos cachorros na madrugada eram de lobisomens, e lendo esse livro senti muita saudade da minha infância, da inocência que eu carregava e das coisas que acreditava. Com certeza é uma obra que merece e precisa ser lida por todos, pois nosso folclore não pode ser esquecido.
Olá, tudo bem? Muito interessante essa resenha, ficou muito bem escrita. Parabéns ao blog
ResponderExcluirOi, Vivi. Como vai?
ResponderExcluirNossa, eu não conhecia esse livro ainda e adorei a proposta dele, parece ser uma leitura muito interessante. Eu gostei muito de conferir a sua opinião sobre a obra, foi uma ótima dica e já adicionei à minha lista <3
Oi, tudo bem?
ResponderExcluirEu não conhecia esse livro ainda, mas achei bem interessante. Quando eu era mais nova, tive contato com as histórias do folclore brasileiro. Porém, tenho reparado que isso tem se perdido e as crianças já não estão mais conhecendo essas lendas.
Esse livro não é uma leitura que me atraia muito, no momento. Mas achei a premissa do livro bem legal e acho que é um ótimo livro para o público mais jovem, até para ser trabalhado nas escolas.
Adorei a resenha e fico feliz que você tenha gostado da leitura.
Beijos!
Eu li este livro no começo do ano e adorei tanto quanto você! Também achei mega importante que mais pessoas lessem este livro pois nosso folclore esta a cada dia mais esquecido. Adorei a resenha!
ResponderExcluirOlá,
ResponderExcluirGosto de livros que envolvem folclores, li bem poucos com este tema e dependendo de como foram trabalhados geralmente fica muito bom de se acompanhar a leitura.
Debyh
Eu Insisto
Olá!
ResponderExcluirGente, que livro lindo! Eu nem li, mas já fiquei encantada com o assunto que é tratado e como toda a trama parece ser apresentada. Quero muito ler, já anotei aqui. Maravilhoso! Obrigada pela dica!
Abraços
Gente, que trama mais fantástica! E sua resenha me cativou do início ao fim deixando aquela vontade de saber mais, de divulgar... Pois, algo tão tão precioso precisa ser divulgado.
ResponderExcluirBjo
Tânia Bueno