22/06/2020

[Resenha] A soberba poesia entre luz e trevas | Darlon Carlos

A soberba poesia entre luz e trevas

Autor(a): Darlon Carlos
Editora: Bindi
Páginas: 60
Resenha por: Larissa
Avaliação: 3/5
Compre: Amazon

*E-book cedido em parceria feita no Instagram


Sinopse: Bem-vindo ao insólito, peculiar e inóspito.

Histórias que falam de como o tédio pode tirar a vida de uma pessoa, da maneira como vampiros tomam a existência de inocentes, espectros infantis podem guardar o mais temível dos seres, lobisomens não são exatamente o que você esperava. Tudo isso unido pelo que podemos chamar de terror e suspense folclórico, um limite que vai além da imaginação.

Bem-vindo à soberba poesia entre luz e trevas.

Resenha: Esse é um livro composto por três contos, todos unidos "pelo que podemos chamar de terror e suspense folclórico, um limite que vai além da imaginação", como diz na sinopse.

No primeiro conto, "No silêncio da noite", temos uma aparição em forma de uma garotinha pequena e inocente, com um semblante angelical, que perambula junto a muitos cães, e que acaba por se tornar uma lenda na cidade. A menina pede abrigo nas casa dos homens, inventando uma estória para passar a noite ali, mas acaba que os homens amanhecem mortos no dia seguinte.

"Era uma miragem? Sendo uma miragem, não pode ser real. Contudo, estava ali e se encontrava presente. Era real e sendo real, era material."

"Onde nunca chega o orvalho" é dividido em três partes e começa com um carroceiro velho, que usa uma cartola, indo até um antigo cemitério. Lá ele se dirige até um enorme mausoléu, abre a porta e larga no interior dele duas meninas desmaiadas, uma de uns doze anos e outra de uns quinze. Após acordarem, elas dão de cara com dois seres um tanto quanto curiosos, e a estória só vai ficando cada vez mais estranha (e mais doida!)...

Por fim, o terceiro conto, e o meu preferido do livro, "O escuro das paixões sofridas", nos traz uma mulher, dona Adelaide, que herdou a feiura do pai e a falta de sorte da mãe, e vive sozinha em uma casa enorme e antiga. Um dia, cheia de dívidas, resolve alugar os quartos da casa, e é então que conhece um caixeiro viajante, um homem um tanto quanto misterioso e estranho; ele informa a Adelaide que sofre de forte sonambulismo, e pede para que ela não entre no quarto dele, caso escute alguma coisa durante a noite.

"O que podemos dizer dela? É feia pra burro, com o agravante que o burro é ainda mais bonito que ela! Pense em uma mulher feia, bem feia, ela consegue ser bem mais que essa que você pensou!"

O autor narra os contos com tanta propriedade e com tantos detalhes que a gente fica se perguntando se não é ele o personagem, se as estórias não são reais (tomara que não), principalmente a última. A nota três se deve ao fato de que não entendi muito bem o segundo conto, mas fora isso o livro é muito bom.

9 comentários:

  1. Olha só, ei adorei o título.
    Gosto de contos sombrios, acho eles bem interessantes. Temos contos bem curiosos e detalhados. Gostei muito de saber do terceiro conto. Me pareceu ate meio triste.

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  2. Oiii!

    que capa sombria! gosto de livros de contos para intercalar as leituras, que pena que não conseguiu entender muito bem o segundo conto :( uma pena.
    Gostei de conhecer a historia e saber que o livro é bem detalhado!

    Beijinhos,
    Ani,
    www.entrechocolatesemusicas.com.br

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  3. Acho maravilhoso quando os autores conseguem escrever de uma forma que faz com que a gente se questione se as histórias não são mesmo reais. É um gênero que não me conquista, mas gostei de conhecer seu ponto de vista :D

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  4. Oi, Larissa!
    Eu sempre tenho um pouco de dificuldade de me conectar com contos (principalmente quando são curtos) e até de gostar deles. Recentemente li um livro do Stephen King de contos e foi a mesma coisa, então eu sempre tenho um pouco de medo de lê-los.
    Bjss

    http://umolhardeestrangeiro.blogspot.com/2020/07/resenha-antes-da-festa-um-role-pelo.html

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  5. Olá, tudo bem? Realmente interessante a proposta do livro. São três contos que de alguma forma se interligam, e nem quero imaginar essa sensação deles poderem ser reais? HAHAH Ótima resenha e fiquei curiosa!
    Beijos

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  6. A capa me afastaria da leitura mas suas considerações me despertaram a vontade de conhecer os contos. Já quero ler.

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  7. Oi!
    Que mistério gostoso de desvendar, vou adorar conferir esses contos kkk. Esse gênero suspense/terror adoro ainda mais moldado a folclore, realmente interessante, fiquei curiosa e sobre o caixeiro viajante e as meninas deixadas no mausoléu. Parabéns pela resenha, obrigado pela dica, bjs!

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  8. Oi, eu amo contos e achei mega interessante a premissa dos três pelo seu post, então é uma leitura que quero fazer.

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  9. Olá Lari!!!
    Eu não sou a maior fã do gênero terror ou horror, pois sou uma medrosa e só vejo filmes do gênero porque assisto com pessoas perto mas ler mesmo só na maior das necessidades.
    O primeiro conto já me deu arrepios e esse ultimo cadê eu me benzer.
    Parabéns pela resenha!!!

    lereliterario.blogspot.com

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