12/10/2020

[Resenha] Qualquer lugar em casa | Vários autores

Qualquer lugar em casa

Autor(a): Vários autores
Editora: Editorial Independente
Páginas: 72
Resenha por: Viviane
Avaliação: 5/5
Compre: (11) 9 9309-5450 (WhatsApp)

*Livro cedido pela editora para resenha


Sinopse: Um projeto que reuniu 12 autores de alguns estados do Brasil para expressarem seus sentimentos durante a quarentena.

Resenha: Fiquei imensamente feliz quando recebi o convite para resenhar esta antologia, que foi lançada em e-book pela editora Editorial Independente. O livro conta com textos de onze autores, mais um da Brenda Rodrigues, organizadora da antologia.

Inicialmente temos um breve resumo de como a pandemia surgiu, o primeiro caso lá em Wuhan, na China, e o primeiro caso aqui no Brasil. A quarentena que era para durar dias ou semanas, mas já se estende por meses, e eu acredito que completará um ano. Cada pessoa tem um jeito de lidar com tudo que está acontecendo, e nesta antologia teremos relatos, em forma de versos, poemas, diálogos e dissertações, de como os autores estão lidando com a situação. Cada autor escreveu dois textos, e eu fiz um breve comentário de cada um deles.

Yasmin Cardozo

"É sobre o novo agora": O poema resume bem o que aconteceu - em poucos dias, tudo mudou, o isolamento e as coisas que antes não dávamos valor e que agora são parte de nosso dia a dia.

"O toque;
Tão pouco valorizado antes, mas,
tão desejado no novo agora!"

"A esperança do amanhã": Aqui a autora já nos traz uma reflexão de como será daqui para frente, com as lições que tiramos.

"Eu tenho esperança no amanhã! Tenho
esperança que no final a gente irá parar,
olhar e agradecer aos céus por ter passado por
essa pandemia ileso ou simplesmente vivo."

Kaylane Cristiny Nunes Ataides

"3,2,1": A autora nos mostra o quanto vivíamos em nossa bolha de segurança, mal se preocupando com as tragédias do mundo, até que o vírus bateu à nossa porta.

"Parar o mundo": Aqui a autora nos traz palavras de esperança e crença no futuro.

"Então não creio que estejamos parados!
Na verdade, estamos correndo desenfreadamente
em busca daquilo que nos mantém vivos,
completos..."

Araceli Alves

"Memórias do futuro": A autora, ao observar seu closet, reflete sobre como era sua rotina antes da pandemia e sonha com o dia em que tudo voltará a ser como antes.

"Bolsas, sapatos, perfumes... Como itens
expostos em um museu do meu modo de existir,
guardam meus sussurros de uma prece para o
futuro...
Um futuro incerto, que não sabemos quando,
de fato, se tornará presente."

"A lucidez das palavras": Descreve muito bem a rotina de quem teve que ficar em casa, os dias mais produtivos, de arrumação, e outros mais ociosos, só procrastinando.

Daniel Bahiense

"O que me restava": O autor descreve como o isolamento o fez sentir saudades de coisas que nunca nem mesmo gostou, como carnaval e praia.

"Fragmentos": Com uma narrativa bem metafórica, o autor descreve a perda de um grande amor.

Nane Ogata

"Gratidão": Comemorar o aniversário em plena quarentena fez a autora refletir sobre o que realmente importava em sua vida.

"Comemorar em meio ao isolamento social me fez entender que de nada adianta ter festa, ter o look novo para usar, se preocupar com cabelo e maquiagem, de nada vale a superficialidade se não tiver o essencial; pessoas que celebrem a sua existência!"

"O caminho": Conta como o isolamento trouxe autodescobertas e aceitação.

Ronnário

"Maio de 2020": Em poucas palavras o autor descreve como a maioria das pessoas - inclusive eu - se sentiu quando tudo começou - com medo, insegura, com crises de ansiedade e até o pensamento em desistir de tudo... um turbilhão de sentimentos.

"E um turbilhão de incertezas, no meu inconsciente fico tentando buscar sobreviver, ficar bem!"

"Sobrevivendo a 2020": Aqui o autor descreve como está sobrevivendo, um dia de cada vez.

Patrícia Bahiense

"Em tempos": Em forma de poema, a autora traz palavras de otimismo.

"Reflexão de um planeta": Com mais palavras de otimismo, a autora incentiva a solidariedade e a ser grato pelo que temos.

Luiza Castro

"Silêncios": A autora filosofa sobre o silêncio que veio junto com a quarentena.

"Prisão domiciliar": A distância do amor é descrita em forma de poema, uma saudade sem fim, mas com a crença de que tudo vai passar.

J. C. Willians

"O tempo": Acho que este foi o relato que mais me identifiquei; fala como o tempo é relativo, e como a rotina do isolamento começou tranquila e foi se tornando massante, e sobre como tivemos que nos reinventar.

 "E então você se vê a mais de três meses 'preso' em seu próprio lar e antes o que te trazia alívio começa à te sufocar."

"Lembranças": Esse relato me cortou o coração e trouxe lágrimas aos meus olhos, pois fala da perda de uma pessoa muito querida, vítima do covid.

Angel Spaniol

"Sede": Fala de como e difícil ter que ficar em casa, chega uma hora que parece até uma prisão, porque uma coisa é querer ficar em casa, outra bem diferente é ser obrigado.

"Homem de lata procura um coração": Divaga de maneira metafórica sobre a busca do sentimento mais puro - o amor -, tudo pelos olhos de um robô.

Henri Santos

"Um bate papo qualquer": O que parecia ser um diálogo entre amigos que planejavam o que iam fazer quando a quarentena acabar, se revelou algo bem diferente.

"Akuanduba": Com personagens do folclore, teremos uma outra visão do descobrimento do Brasil.

Brenda Rodrigues

"Sentimento oceânico": A autora e organizadora da antologia traz um trecho de seu livro solo, 'Auge do trauma', com palavras de gratidão, esperança e otimismo.

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