[Entrevista] Raul Riul

Olá, livreiras e livreiros! Hoje eu trouxe para vocês uma entrevista muito bacana que tive a oportunidade de fazer com o Raul Riul, autor de um livro que eu amei, "Apoteose". Vamos conferir?!

1. Primeiramente, nos conte um pouco sobre você:
R: Meu nome é Raul Riul Naves, sou de Ribeirão Preto, interior de SP. Comecei a escrever aos 17, e desde lá não parei. Sempre gostei de ler, mas juncávamos pensando em escrever. Foi muito repentino, e hoje já não me imagino sem escrever.

2. Seus poemas do livro "Apoteose" são bastante profundos. Todos os fatos e sentimentos ali descritos são/foram seus ou você se inspirou na vida de outras pessoas para escrevê-los?
R: É complicado. A maioria dos meus poemas, inclusive os que não estão no "Apoteose" são baseados em fatos e sentimentos vividos por mim, contudo existem alguns poemas mais abstratos que sobrepõem à minha experiência, mas não meus sentimentos. Claro que também já escrevi sobre outras pessoas, e o fiz com muito gosto.

3. O título "Apoteose" tem algum significado especial?
R: Apoteose é o que sou quando escrevo. Sinto-me tão infinito que se torna impossível descrever meus sentimentos, sendo que meus versos são um rabisco do que realmente sinto. Apoteose tem um significado forte para mim, pois foi a partir disso que me renovei completamente, renasci como poeta.

4. Quando e como você se descobriu escritor? Você já tinha em mente a ideia de publicar um livro algum dia quando escreveu seu primeiro poema?
R: Comecei a escrever em janeiro de 2017, mas me descobri um poeta por volta de junho daquele ano. Demorei para criar consciência sobre o que eu produzia/produzo, afinal, nunca antes havia feito algo assim tão intenso. Sobre livro, acho que sempre foi um sonho, mas que se aproximou sem eu nem perceber. Fico grato por ter tido esta oportunidade de escrever um livro, ainda mais tão cedo.

5. Têm mais livros vindo por aí? Se sim, conta um pouquinho para nós (se puder, é claro):
R: Tenho mais alguns projetos a caminho. Minha próxima obra deve ser lançada ainda este ano. Infelizmente não posso dar mais detalhes, mas pode ter certeza de que me esforcei muito para que ficasse bom. Vai ser uma experiência completamente diferente de "Apoteose".

6. Sua família e seus amigos te apoiam nessa profissão? Como eles reagiram quando você contou que ia publicar um livro?
R: Minha família e meus amigos sempre me apoiaram, desde o começo. Obviamente existem momentos mais difíceis do que outros, mas sempre tive o apoio que precisei, daqueles que mais me amam. Quando contei do livro todos ficaram muito felizes.

7. O que (gêneros, livros, autores etc) você gosta de ler?
R: Gosto de ler muita filosofia, mas também leio muitos romances, HQ's, e poesia. Li muito Fernando Pessoa, Nietzsche, Camus, Leminski, Cecília Meirelles e Lygia Fagundes Telles.

8. Se tivesse a oportunidade, o que você diria para o Raul de dez anos atrás?
R: Meus poemas falam tudo o que um dia me perguntei, caso eu tivesse a oportunidade entregaria meu livro para mim, dez anos atrás.

9. Muitas pessoas ainda fazem cara feia quando veem algum livro de poesia. Até o momento você acredita que encontrou mais dificuldade em fazer as pessoas lerem/comprarem seu livro por ele ser composto de poemas?
R: Ler no Brasil já é uma raridade, ainda mais se tratando de poesia. Até o momento foram raras as vezes que meu trabalho foi rejeitado por ser poesia, mas sim, escrever poesia é um entrave comercial. Felizmente não me abalo por isso, afinal, caso eu desista de escrever e mostrar poesia às pessoas, significa que nem eu acredito no potencial da poesia (e isso é algo que eu jamais teria como verdade).

10. Deixe um recado para as livreiras e para os livreiros do blog Duas Livreiras:
R: Gostaria de agradecer a todos pela atenção, à Larissa pela calorosa recepção e pelo impecável trabalho que desperta a conscientização literária em tempos tão apáticos liricamente falando. O que eu desejo é que à todos nunca falte poesia: que não necessariamente vem em versos, mas que surge a partir de tudo o que lhe cerca. Existir é ser artista da própria vida. Traçamos cada linha, com tinta ou não. Desenhamos paisagens, escrevemos, mas acima de tudo somos humanos. Esse é o fator que nos torna únicos. Um grande abraço.

Livro(s): Apoteose

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POSTAGEM POR: LARISSA