20/03/2020

[Resenha] Cujo | Stephen King

Cujo

Autor(a): Stephen King
Editora: Suma de Letras
Páginas: 376
Resenha por: Larissa
Avaliação: 5/5
Compre: Amazon / Submarino




Sinopse: Frank Dodd está morto e a cidade de Castle Rock pode ficar em paz novamente. O serial killer que aterrorizou o local por anos agora é apenas uma lenda urbana, usada para assustar criancinhas.

Exceto para Tad Trenton, para quem Dodd é tudo, menos uma lenda. O espírito do assassino o observa da porta entreaberta do closet, todas as noites.

"Você pode me sentir mais perto... cada vez mais perto."

Nos limites da cidade, Cujo - um são-bernardo de noventa quilos, que pertence à família Camber - se distrai perseguindo um coelho para dentro de um buraco, onde acaba sendo mordido por um morcego raivoso.

A transformação de Cujo, como ele incorpora o pior pesado de Tad Trenton e de sua mãe, e como destrói a vida de todos à sua volta, é o que faz deste um dos livros mais assustadores e emocionantes de Stephen King.

Resenha: O livro começa contando a estória de um serial killer que atormentou a cidade de Castle Rock há alguns anos; ele suicidou-se e não passa de uma lenda urbana que os pais usam para assustar as criancinhas.

"Há nem tanto tempo assim, um monstro apareceu na cidadezinha de Castle Rock, estado do Maine. Ele matou uma garçonete chamada Alma Frechette em 1970, uma mulher chamada Pauline Toothaker e uma pré-adolescente chamada Cheryl Moody em 1971, uma linda moça chamada Carol Dunbarger em 1974, uma professora chamada Etta Ringgold no outono de 1975 e, por fim, uma menininha chamada Mary Kate Hendrasen no início do inverno daquele mesmo ano."

Mas um menino, Tad, tem visto e sentido algo dentro de seu closet; a coisa parece estar cada dia mais perto e seus pais não acreditam muito na versão de monstro que o garotinho de apenas quatro anos descreve.

Os pais de Tad são Vic e Donna, casal que vem passando por uma crise após uma traição da esposa com um reformador de móveis. Vic é sócio em uma agencia de publicidade e viaja, a trabalho, com um colega por alguns dias para esfriar a cabeça e pensar no seu casamento.

O carro de Donna está com defeito e ela e Tad o levam a uma oficina mecânica em uma região rural, afastada da cidade. Mas, antes disso, vamos conhecer a família Chamber, formada por Joe e Charity; ele é mecânico e eles têm um filho de uns dez anos e um cachorro da raça são bernardo chamado Cujo - apesar de seus noventa quilos, Cujo é um amor de cachorro, muito manso e dócil, até que um dia, ao perseguir um coelho e ficar entalado em uma toca, Cujo é mordido no focinho por um morcego com raiva e começa a apresentar um comportamento diferente. Charity é uma esposa submissa, mas ganha um bom valor na loteria e viaja com o filho, que, no dia da viagem, já percebe que Cujo está diferente - e o cão já faz suas primeiras vítimas nesse dia.

Quando Donna enfim chega para o conserto de seu carro, vai de encontro ao pior pesadelo de sua vida, algo que ela nunca imaginou viver.

Confesso que no começo achei o livro bem chatinho, mas eu não sou de abandonar uma leitura, principalmente uma que eu queria muito realizar, então persisti, e que bom que persisti. Depois de Donna e Tad chegam na oficina, a estória fica tão intensa e tão angustiante que eu não conseguia largar o livro. Acho que posso afirmar que foi o melhor livro do King que li até agora (não li muitos); antes meu favorito dele era "Escuridão total sem estrelas".

Ah, uma curiosidade: "Cujo" foi escrito em um capitulo apenas. Leiam abaixo um trecho de uma entrevista que tem no final do livro:

"ENTREVISTADOR: Cujo é incomum porque o livro inteiro é um único capítulo. Você planejou isso desde o início?
KING: Não, Cujo era um livro normal em capítulos quando foi concebido. Mas eu me lembro de pensar que queria que o livro atingisse o leitor como se fosse um tijolo jogado pela janela. Sempre achei que o tipo de livro que eu escrevo - e meu ego é grande o bastante para pensar que todo escritor devia fazer isso - devia ser uma espécie de agressão pessoal. Devia ser alguém pulando por cima da mesa, devia agarrar e intimidar o leitor. Devia provocá-lo. Devia incomodá-lo, perturbá-lo. E não só porque ele ficou com nojo. Quer dizer, se alguém me mandar uma carta e disser que não conseguiu jantar, o que eu penso é: 'Ótimo!'"

5 comentários:

  1. Sempre vejo muitos comentários positivos sobre as obras do King e ainda não tive oportunidade de conhecer. Uma pena que o começo tenha sido um pouco lento, mas que depois de tudo, valeu realmente a pena. E não sabia que Cujo foi escrito apenas em um capítulo. Gostei da curiosidade!

    Beijos,
    Blog PS Amo Leitura

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  2. Amo demais o mestre King! Cujo é maravilhoso e essas edições novas com o selo "Biblioteca de Stephen King" são lindas! Confesso que realmente existem contos e livros dele que tem um início lento, às vezes no meio da leitura e também em relação ao fim, que muitas vezes pode não agradar. Acredito sim que devemos persistir, vale a pena! (@yelloobow/@lunetaliteraria)

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  3. Oiiii

    Eu só li Mysery do King e achei super lento, demora pra chegar nos finalmente, embora a história seja bem executada e tudo o mais. Tenho vontaded eler algo mais dele, talvez uma leitura mais curta como Joyland primeiro. De Cujo nunca havia lido resenha, achei interessante ter sido escrito em ampenas um capitulo... nossa. Mas o fato de ser lento me deixa com o pé atrás.

    Beijos, Ivy

    www.derepentenoultimolivro.com

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  4. Oi Larissa, tudo bem?
    O King é um autor do qual vivo ouvindo falar, mas nunca paro para ler os livros dele pelos motivos mais variados, em especial a dedicação dele em fazer longas descrições.
    "Cujo" tem uma premissa que me apavora demais porque eu não imagino como deve ser ficar trancada em um carro com uma criança no meio de um calor escaldante e ainda sendo ameaçada por um cachorro contaminado por raiva.
    Um beijo de fogo e gelo da Lady Trotsky...
    http://www.osvampirosportenhos.com.br

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  5. King é um autor que vejo muuuuitas postagens sobre, mas devo dizer que leio pouco. Na verdade, só li um livro dele e gostei muito, mas não foi uma história voltada para o terror. Enfim, adorei sua resenha e que bom que o livro te cativou!

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