11/09/2020

[Resenha] Viagem ao centro da Terra | Júlio Verne

Viagem ao centro da Terra

Autor(a): Júlio Verne
Editora: Martin Claret
Páginas: 220
Resenha por: Viviane
Avaliação: 4/5
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Sinopse: Após decifrarem um código oculto em misteriosas inscrições rúnicas, o professor Lidenbrock e seu sobrinho Axel embarcam numa jornada que homem algum ousaria trilhar. Em meio a sua descida rumo ao centro da Terra, os dois aventureiros enfrentam a fúria de rios subterrâneos, deparam-se com insetos e cogumelos gigantes e com estranhos fenômenos físicos, além de encontrarem resquícios de um mundo pré-histórico e desconhecido que sobreviveu ao tempo. Viagem ao centro da Terra, publicada originalmente em 1864, é uma das principais obras de Júlio Verne, precursor da ficção científica. Ao longo da narrativa, fantasia e ciência coexistem e confundem-se, conforme o autor transita livremente entre elas. Mais do que uma história de aventura, Viagem ao centro da Terra é o registro de uma postura própria de Verne em relação à ficção, em que o exercício da imaginação e do fazer artístico não é avesso à curiosidade científica.

Resenha: Em 2018 decidi incluir entre as leituras de parcerias alguns livros de autores ou editoras que ainda não tive a oportunidade de conhecer, e o Júlio Verne foi um deles, o qual escolhi "Viagem ao centro da terra" para ler.

O livro é narrado por Axel, sobrinho do nosso protagonista, o professor Lidenbrock, famoso cientista, pesquisador, geólogo e mineralogista de Hamburgo dos anos 1800.

Certo dia, o professor chega em casa, radiante por ter encontrado um manuscrito de um famoso cientista e pesquisador que viveu 300 anos antes; o livro continha escritos em runa e de dentro dele cai um pergaminho, que aguça a curiosidade do professor e de seu sobrinho. Após horas tentando decifrar, Axel desvenda a frase que faz referência a uma suposta entrada que daria direto ao centro da Terra.

Imediatamente o professor prepara tudo e parte com o sobrinho para o monte Sneffeles, na Islândia, pois o dia no qual o sol indicaria a direção a seguir se aproximava. Axel não teve nem tempo de se preparar e se despedir direito de sua noiva, Grauben, que vivia sob a tutela do professor Lidenbrock.

Ao chegar na Islandia, contrataram Hans, um caçador local, como guia e partiram. Axel considerava uma loucura, pois julgava impossível chegar ao centro da Terra, pois, pelo o que se sabia, a temperatura era muito alta, impossível para qualquer um descer mais do que algumas léguas, (as referências de medidas do livro são em léguas, pés, milhas, frações etc).

Após chegarem ao  Sneffeles, um vulcão adormecido, eles levam alguns dias para subir ao topo e mais outros tantos para descer até a base dele e aguardar o sol indicar qual direção devem tomar.

"No momento de entrar naquele corredor escuro, ergui a cabeça e vi uma última vez, pelo imenso tubo, aquele céu da Islândia 'que não devia voltar a ver'."

Eles tinham água para uns oito dias e, após entrarem na caverna que julgavam a certa, levaram cinco dias até perceber que tinham pego uma bifurcação errada pelo caminho; na volta, para pegar outro caminho, ficaram sem água. Quando retornaram à base do vulcão, estavam quase desidratados, mas o tio insistiu que pegassem outra direção por um dia, e se não desse certo voltariam e iriam embora.

Mas graças à teimosia do tio, eles encontraram água, quando já estavam no limite de suas forças, mas não foi só isso, eles encontraram mar, e uma atmosfera em uma espécie de caverna gigante, tão grande que era impossível ver o seu final. Ali eles encontraram espécies de plantas pré-históricas e gigantescas, assim como fósseis jamais conhecidos pela ciência.

"Sentia-me revigorado e decidido a ir longe. Por que razão um homem convencido como o meu tio, um guia industrioso como Hans e um sobrinho 'decidido' como eu não teriam êxito?"

Mas ali ainda não era o centro da Terra; eles construíram uma jangada e navegaram por dias, enfrentando tempestades e animais marinhos jamais vistos por olhos humanos.

"Viagem ao centro da Terra" foi escrito em 1864 e traduzido para diversas línguas, tendo aqui no Brasil dezenas de publicações - pude observar duas delas: esta, lançada pela Martin Claret, e outra, lançada pela Larousse, e elas têm traduções bem distintas, inclusive quanto aos nomes dos personagens.

O livro é bem pequeno e a leitura tão envolvente que é possível ler bem rapidinho. Não deixem de conhecer as aventuras do professor Otto Lidenbrock e seu sobrinho Axel, sem esquecer do corajoso Hans, pois, sem ele, acho que nossos protagonistas não chegariam vivos ao final do livro.

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