[Resenha] O poeta sabiá | Alan Silva

O poeta sabiá

Autor(a): Alan Silva
Editora: CeNE
Páginas: 124
Resenha por: Larissa

Avaliação: 5/5
Compre: Editora

*Livro cedido pela editora para resenha


Sinopse: Alçando audaciosos voos pela literatura desde muito cedo, Alan hoje aos 13 anos voa mais alto ao lado de sabiás, juazeiros e ícones da literatura cearense e brasileira nesta obra repleta de simbolismos e referências. O Poeta Sabiá é um convite para o deleite e reflexão, pelos olhos de uma criança que exala sabedoria e enche-nos de esperança num novo amanhecer.

Resenha: "O poeta sabiá" é um livro que nos traz diversos poemas magníficos de um autor que tem apenas treze anos - isso mesmo: treze anos.

Alan escreve poemas sobre os mais variados temas, como: cultura, vida, amor, natureza, família, críticas, leitura, entre outros.

Um dos meus poemas favoritos foi "Falando ao leitor", que fala sobre a leitura, o ato de ler, a relação entre o autor e o leitor. É um poema tão singelo, mas que fala perfeitamente dos nossos queridos amigos livros.

"Leitura... / Ela é algo / tremendamente peculiar, / mas também é algo simples. / Uma arte que requer / olhos / mente / e uma imaginação fértil."

Outro poema muito interessante que também fala sobre a leitura é "O clássico e o moderno", que poetiza sobre a diferença da literatura clássica brasileira e da moderna mundial.

"Ao longo do tempo no império" conta a história do próprio autor - acredito eu -, que com apenas doze anos (quando escreveu o poema) já enfrentou diversas batalhas na vida.

Os poemas "Ouros cor-de rosa", "Os esportes de que nunca gostei" e "Meticulosamente Betânia" têm algo muito bonito em comum: os três foram escritos para alguém em especial. O primeiro foi escrito para a irmã mais nova do autor, o segundo para os colegas de classe e professores e o terceiro para a professora de geografia.

"Desabafo do meio ambiente" e "Eco S. O. S." são dois poemas muito importantes que fazem parte do livro, pois falam do nosso meio ambiente. O primeiro é escrito como se fosse narrado pelo próprio meio ambiente, que explana todas suas tristezas em um desabafo. Já no segundo poema o autor tenta nos conscientizar sobre a natureza, que está ameaçada pela nossa falta de cuidado e grande destruição.

"Por favor, / meu verde está secando, / meu azul está enegrecendo, / mas eu não estou acabando."

Falei somente sobre alguns poemas do livro, para vocês terem uma noção, porém é claro que a obra conta com muitos outros poemas sensacionais.

Como sempre faço ao resenhar livros de poesias, deixo aqui os nomes dos meus poemas favoritos: "Falando ao leitor", "Amor em ciclo", "Minha vida, passagens", "Tudo na vida", "Viver, não sobreviver", "Felicidade, quem és tu?" e "Fim do mundo".

O que falar do trabalho da editora com o livro? A diagramação está simplesmente impecável. O livro é todo colorido, com diversas ilustrações - lindas, aliás - de Maria Xilo, o que deixa a leitura muito mais prazerosa.

Confesso que fui surpreendida pelas palavras do autor, de apenas treze anos. É tão gratificante ver que uma criança, ainda com uma mente que aparenta ser tão jovem, tem um pensamento tão aberto e coerente em relação à diversas questões que rodeiam nosso mundo. Alan está de parabéns! E vocês, leitores, leiam, leiam, leiam e leiam todos os poemas que compõem a obra "O poeta sabiá"!

"Só esqueci que o amor está em nós. / Tudo: o ar, o solo, a água / e até a gramática / São o amor na teoria e na pratica. / Então, se ele realmente existe, / não podemos evitá-lo; / Vamos até ele ou ele vem até nós. / A vida é amar ou inexistir."